Em sua segunda tentativa, organizadores da Marcha para Satanás farão uma nova manifestação nesta quinta-feira (26) em São Paulo — mesmo dia em que acontecerá a Marcha Para Jesus, um dos maiores eventos cristãos do mundo.
Em janeiro, a Marcha Para Satanás foi encerrada antes de sua conclusão pelos próprios organizadores, depois de receber um número pequeno de participantes. A nova manifestação está marcada para acontecer a partir das 14h, na Avenida Paulista, em frente ao Museu de Arte de São Paulo.
Segundo a organização, juntos os participantes irão "pedir o suicídio coletivo de Marco Feliciano, Jair Bolsonaro, Eduardo Cunha, Silas Malafaia e toda essa corja cristã que infecta nosso país".
Além disso, a descrição do evento incentiva participantes a levarem seus pentagramas "pintados com sangue menstrual" para os rituais. Sessões de auto-mutilação, "orgias com scat" e atividades sexuais em público também serão permitidas pelo grupo.
O cancelamento do evento em janeiro apenas confirmou a ideia insustentável da manifestação. Na ocasião, a psicóloga cristã Marisa Lobo questionou se o medo de seus organizadores seriam realmente de "ameaças" ou das orações, que mobilizaram cristãos em todo o Brasil.
"Os organizadores da 'Marcha para Satanás' cancelaram a marcha, e dizem que não foi por medo das orações... Foram as ameaças. Sei. Rindo muito. Quem tem coragem de afrontar o Deus verdadeiro?", postou a psicóloga em seu perfil do Facebook.
O pastor e deputado federal Roberto de Lucena também citou o evento como uma iniciativa que não teria nada a ver com o satanismo, mas não deixaria de ser um motivo para a igreja se unir em oração.
"Primeiro, não há nenhuma força espiritual — mesmo que todos os demônios viessem a marchar pelas ruas — que possa impedir o Deus tem para a igreja, para a família e para a nação. Segundo, ninguém pode impedir ou fazer algo para obstruir, porque estamos em um país que tem um fundamento democrático, um regime democrático e é um Estado Laico", lembrou.