Após os ataques de muçulmanos no Paquistão, que destruiu propriedades cristãs e igrejas, as autoridades paquistanesas dizem que vão compensar quase 100 crentes que perderam suas casas.
Os islâmicos ficaram furiosos com os relatos de uma suposta profanação do Alcorão, na última semana. Uma multidão invadiu um bairro cristão, queimando pelo menos 16 igrejas e danificando casas.
As autoridades paquistanesas informaram que os cristão serão indenizados no valor de 2 milhões de rúpias (R$ 33.675,64).
Até o momento, dois homens acusados falsamente de blasfemar contra o Alcorão, que supostamente arrancaram páginas do livro e escreveram insultos em outras páginas, foram presos, juntamente com 160 suspeitos.
A compensação
A declaração de compensação foi feita por Mohsin Naqvi, principal funcionário da província de Punjab, no sul. Que ocorreu na Reunião do Gabinete na Igreja AEC, em Esa-Nagri, Jaranwala.
“Em 72 horas, duas igrejas foram totalmente restauradas. O governo de Punjab está empenhado em restaurar todos os outros templos danificados. 20 Lakh cada será dado àqueles cujas casas foram tragicamente queimadas. Esta assistência chegará até eles nas próximas 48 horas. Juntos, estamos fortes”, escreveu ele na plataforma de mídia social X, anteriormente conhecida como Twitter.
In solidarity with our Christian brethren , the Cabinet Meeting was held in AEC Church , Esa-Nagri , Jaranwala, symbolizing unity and inclusivity.
— Mohsin Naqvi (@MohsinnaqviC42) August 21, 2023
Within 72 hours, two Churches were fully restored. The Punjab Govt is committed in restoring all other damaged churches.
20 Lakh… pic.twitter.com/ik6TvwMXHf
Centenas de cristãos, que haviam deixado suas casas em meio aos tumultos, voltaram e desde então vivem nas ruas, pois há risco de desmoronamento dos prédios queimados.
Segundo o site de notícias DW News, as autoridades locais informaram que um cemitério cristão também foi invadido durante os conflitos.
No Paquistão, as leis de blasfêmia são rígidas e qualquer pessoa considerada culpada de insultar o Islã pode ser condenada à morte.
Embora ninguém ainda tenha sido executado pelo crime, as acusações levam à violência dos muçulmanos, que representam a maioria da população.
Em um senso de 2017, pouco mais de 1% dos cidadãos, ou 2,6 milhões de pessoas, foram identificadas como cristãs no país. Isso torna os cristãos a segunda maior minoria religiosa depois dos hindus na nação.