Trans é indicada a ‘Mulher do Ano’ e atletas criticam: “Tapa na cara das mulheres”

A temporada de prêmios e recordes de Lia Thomas foi controversa, enquanto críticos dizem que houve uma vantagem injusta.

Fonte: Guiame, com informações do New York PostAtualizado: segunda-feira, 18 de julho de 2022 às 11:55
Nadadora transgênero Lia Thomas no pódio com as demais medalhistas. (Foto: Reprodução/NBC News)
Nadadora transgênero Lia Thomas no pódio com as demais medalhistas. (Foto: Reprodução/NBC News)

A Universidade da Pensilvânia está enfrentando uma onda de críticas de atletas profissionais por nomear a nadadora transgênero Lia Thomas para o prêmio “Mulher do Ano” de 2022.

O prêmio faz parte da National Collegiate Athletic Association (NCAA), que organiza os programas de esporte universitário nos Estados Unidos.

“Este é mais um tapa na cara das mulheres”, disse a nadadora Riley Gaines, atleta da Universidade de Kentucky, que também foi indicada ao prêmio. “Primeiro um título nacional feminino e agora indicado ao prêmio máximo no atletismo universitário. A NCAA tornou este prêmio inútil” , criticou no Twitter.

Lia Thomas, de sexo biológico masculino, venceu 500 jardas de estilo livre no campeonato de natação feminina da NCAA no início deste ano. A atleta trans é uma das 577 universitárias indicadas por suas escolas ao prêmio.

A temporada de prêmios e recordes de Lia foi controversa, enquanto críticos dizem que houve uma vantagem injusta na competição feminina, por ela ser biologicamente homem.

Críticas

“Este prêmio combina desempenho atlético com acadêmico, serviço e caráter. Que caráter Thomas mostrou além de puro egoísmo e busca por benefícios?”, acrescentou Gaines, acusando a atleta trans de mostrar “desrespeito” e “desprezo” pelas atletas mulheres. 

A lenda do tênis Martina Navratilova também criticou a decisão: “O que há de errado com vocês?”, questionou no Twitter, mencionando a NCAA.

A ex-campeã de natação da NCAA, Marshi Smith, uma crítica aberta contra mulheres transgênero que competem em esportes femininos, disse que a Universidade da Pensilvânia está “intensificando sua campanha anti-mulher” ao decidir nomear Thomas.

“A Riley Gaines merece o Mulher do Ano da NCAA por pura coragem”, twittou Smith.

Em maio, Lia Thomas disse que estava preparada para as críticas, em entrevista no programa “Good Morning America” ​​da ABC News. “Pretendo continuar nadando”, disse.

No mês passado, a controvérsia em torno das atletas transgêneros no esporte levou a Federação Internacional de Natação a bani-las de competir em eventos femininos de elite.

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