Meridyth cresceu com a mãe e um meio-irmão, mas nunca soube quem era seu pai biológico.
Aos 13 anos, ela contou que a família morava com os avós, ambos paralíticos devido à derrames, então eles se revezavam para cuidar dos idosos.
Porém, ela relembrou que um dia encontrou o avô morto e alguns anos depois, sua avó faleceu em um hospital.
Durante esse período, ela se questionava: “Como um Deus santo poderia me amar quando ninguém mais poderia?”.
“Naquele ano, eu tinha tantas perguntas sobre a vida. Fui a um acampamento cristão onde o pastor falou sobre 'o coração paterno de Deus'”, contou Meridyth.
“Ele disse: ‘Se você quer um Pai que sempre estará ao seu lado, sempre o ouvirá, sempre o confrontará e o repreenderá, e sempre o amará com um amor que nunca terminará, então você tem o Pai do Céu’", acrescentou ela.
Meridyth fez um compromisso com Deus aos 15 anos de idade, e a partir de então, buscou conhecer o Pai Celestial cada vez mais.
Ela começou a ler os Evangelhos, querendo saber mais sobre Jesus.
“Como era Jesus? Como Ele reagiu quando as coisas iam mal? O que Jesus disse às pessoas quando foi desafiado e acusado, e depois quando estava morrendo? Li todas as palavras de Jesus em destaque na Bíblia. Quanto mais eu as lia, mais eu queria ser como Ele, e mais eu queria refletí-lo. Eu queria ter a mente de Cristo”, afirmou ela.
Mantendo a fé
Desde então, Meridyth tem vivido uma longa jornada com Deus.
Quando ela tinha 43 anos, realizou um procedimento médico que a deixou de cadeira de rodas por 25 anos.
Seus dois filhos dependiam dela, e por um período, ela se perguntou como iria conseguir se virar.
No entanto, as circunstâncias não foram suficientes para paralisá-la.
“Acabei indo para a universidade e obtive cinco diplomas, mas todas as informações e qualificações não significavam nada sem Deus. A cada dia eu precisava aprender a amá-lo mais”, disse ela.
Meridyth orava todos os dias para que Deus lhe desse a oportunidade de compartilhar sobre seu amor. Então passou a visitar uma cafeteria:
“Todos os dias eu orava: ‘Senhor, leve-me a alguém que precisa ouvir de você hoje’. Aí eu procurava alguém sentado sozinho, parecendo que queria conversar. Nunca incomodei ninguém que estivesse lendo ou ocupado”.
“Isso acontece há 50 anos. Você ficaria surpreso com as conversas que tive”, disse ela.
Meridyth tem dificuldades respiratórias, ela usa uma máscara e um aparelho de CPAP (utilizado para ajudar na respiração).
Ela informou que na ocasião, geralmente é convidada para sentar e conversar. Depois de um tempo, ela lhes pergunta sobre a fé e os apresenta a Jesus.
“Depois eu dou meu número para as pessoas, e elas podem me ligar se quiserem. Eles só querem ser ouvidos. Às vezes eles dizem: ‘O Deus a quem você serve não é alguém de quem eu já tenha ouvido falar’”, afirmou ela.
Atualmente, Meridyth tem 73 anos, ela tem uma lesão na laringe e por isso usa uma máquina CPAP permanente. Este mês, ela irá fazer uma traqueostomia (procedimento cirúrgico para quem tem algum tipo de obstrução nas vias aéreas).
“Não poderei falar, então terei que encontrar novas maneiras de compartilhar o amor de Deus nos cafés. Será um desafio criativo. Nem sempre precisamos de uma boca para demonstrar o amor de Deus”, declarou ela.
“Acho que quanto mais difícil é a vida, mais sou direcionada a conhecer a mente de Cristo. Sempre há mais para aprender. Sou imperfeita, mas sou perfeitamente amada. Para mim, trata-se de promover esse relacionamento de amor com Deus todos os dias. É tão incrível a maneira como Deus ministra a nós. E se temos as respostas em Jesus, como não compartilhá-las?”, concluiu ela.