Oito ex-gays e ex-lésbicas residentes na Califórnia divulgaram um vídeo de protesto contra a legislação estadual que proíbe a terapia de homossexuais egodistônicos - que não estão satisfeitos com a homossexualidade - para mudarem de orientação sexual, argumentando que o governo do Estado os considera como fraudes.
O vídeo, que foi publicado no sábado pela 'Church United' no site de compartilhamento de vídeos Vimeo, apresenta oito homens e mulheres que viveram e se identificaram como gays ou lésbicas, alguns dos quais estão agora em casamentos heterossexuais e têm filhos.
"Sou uma fraude", dizem os participantes no vídeo no começo.
É assim que o estado da Califórnia os considera com a proposta de lei deles, AB-2943, que proibiria bens e serviços buscando ministrar a qualquer pessoa com atração indesejada pelo mesmo sexo ou confusão de gênero, eles explicam.
"Aos meus 20 anos, eu me assumi como lésbica. Eu aceitei totalmente essa identidade", diz Elizabeth Woning no vídeo. Woning hoje está ligada ao projeto "Equipped to Love" ("Preparados para Amar"), um ministério baseado na Igreja Betel em Redding, Califórnia.
"Eu sentia que tinha nascido assim. Realmente, isso parecia explicar porque eu era do jeito que eu era", acrescentou.
Em outro testemunho, Ken Williams, que também é pastor junto ao ministério "Equipped to Love", conta que certa vez ouviu um membro da família expressar gratidão pela AIDS porque era um castigo de Deus para os gays.
"Então você não precisa ser um super cientista para descobrir que não vai ser bom para você, se você disser que está sentindo algumas atrações indesejadas do mesmo sexo", diz ele.
No entanto, Woning diz que em uma ocasião, quando já havia abraçado completamente sua identidade homossexual e liberal, a teologia de afirmação de LBGT, um jovem compartilhou com ela uma palavra profética que ele sentiu que o Senhor lhe deu e foi uma resposta direta a algo sobre o qual ele estava orando. Esse evento levou-o a questionar se ele realmente conhecia a Deus e começou a pensar deliberadamente sobre as Escrituras Sagradas. Ao chegar a uma compreensão do caráter de Deus, ele se convenceu de que deveria entregar tudo a Ele, incluindo sua sexualidade.
Ela explica que não buscou a Deus para alterar sua sexualidade, mas buscou-O pelo o que Ele é e, ao fazê-lo, sua concepção de identidade começou a mudar. Ela ficou chocada ao descobrir-se desenvolvendo afeições por um homem, o homem que agora é seu marido há 13 anos.
Williams diz que acabou se conectando com um conselheiro cristão para enfrentar sua luta contra a homossexualidade, não tendo nenhuma garantia de que seus desejos mudariam, mas ele sabia que ele era apoiado e amado.
"A transformação é possível porque Jesus morreu na cruz por nós. Por isso podemos viver uma nova vida, somos uma nova criação em Cristo Jesus", explicou.
Mas ele lamentou o projeto de lei que está sendo votado na Califórnia.
"Ele destrói completamente minha experiência humana", observou ele. "Esta legislação, [AB] 2943, na verdade tira os direitos daqueles que estão questionando sua sexualidade. Nós não queremos ver uma América onde o governo está controlando como nos identificamos sexualmente".
Eles estão pedindo aos californianos que telefonem para seus representantes estaduais e peçam que votem contra a legislação.
O Christian Post conversou com Woning e Williams na Freedom March, em Washington, D.C., no início deste mês, um evento mostrando os testemunhos de ex-homossexuais e transexuais.
Woning acredita que está ocorrendo um reavivamento, dizendo a CP que ela estava no Reino Unido em dezembro e enquanto acordava do sono e teve a forte impressão do Senhor de que Deus está em movimento na comunidade gay.
"Percebi que estamos meio que se arrastando, mas Deus está sendo glorificado de uma maneira poderosa. Não há outro testemunho mais profundo do que uma mudança de sexualidade ou ser tocado em nossas gerações."
Enquanto nas gerações anteriores as curas físicas miraculosas eram o que muitos procuravam, o movimento do Espírito onde Ele restaura a identidade e a sexualidade é o que vai impactar a geração atual.
Com relação à legislação da Califórnia, "pode haver um fator positivo nela, apesar de tudo", disse ela.
Em meio ao furor, religiosidade e sentimentos fortes que as pessoas têm quando se trata de sexualidade, "as igrejas estão sendo forçadas a lidar com a questão de um modo diferente e as igrejas estão tendo que se unir de uma forma que elas fizeram antes".
"Estamos percebendo que talvez eu não possa ficar com você em [certas] questões de doutrina, mas posso estar com você no fato de que Jesus salva, que o Evangelho é poderoso e suficiente para restaurar qualquer pessoa e restaurar qualquer coisa", disse Woning.
"Não é só dizer que 'o homossexualismo é pecado?'. É provar "do que o Evangelho é capaz?"
Ela explicou que seu ministério é chamado de "Preparados para Amar", porque é o amor de Jesus que é transformador.
"E assim, se pudermos entrar em contato com a experiência do amor de Jesus por nossas próprias vidas e refletir isso na vida de pessoas homossexuais que estão lutando contra sua identidade ou qualquer tipo de problema que domine a vida, então isso quebra todas as correntes", lembrou.
"Quando você começa a entender o que realmente significa ser autêntico diante do Senhor? O que significa ser vulnerável com outras pessoas? Essa vulnerabilidade foi o que criou o poder da comunidade gay e, honestamente, essa vulnerabilidade está chegando à Igreja", acrescentou. "O poder do movimento LGBT é alimentado pela profundidade da vergonha naquela comunidade. E assim como nós [a Igreja] somos autênticos, como amamos bem, nós estaremos acertando essa vergonha de novo e de novo e de novo. É muita promessa e esperança porque o bálsamo é grande".
Williams, que fez uma jornada de 20 anos a partir da homossexualidade, descreveu a lei proposta na Califórnia como "insanidade ... para tirar a esperança de mudança das pessoas".
"É o governo dizendo: 'Nós sabemos melhor do que você, qual identidade você deveria ter. E então vamos tirar alguns potenciais para a sua identidade'. É uma intrusão absoluta do governo na vida privada, na liberdade pessoal", destacou.
"E em nome da 'liberdade' eles estão tirando minha liberdade porque pensam que sabem melhor do que eu, o que é melhor para mim. Há milhões de pessoas ao redor do mundo que têm a convicção de seguir a Deus na sexualidade heterossexual ou talvez até mesmo o celibato, mas não atuar na homossexualidade ou no transgenerismo. Portanto, temos que nos proteger, porque isso porque está violando a consciência das pessoas", acrescentou.