“Se você quer saber como as identidades transgênero desvalorizam, desumanizam e destroem as pessoas, basta perguntar a qualquer um dos destransicionados”, disse Walt Heyer, autor do livro Trans Life Survivors (Sobreviventes da Vida Trans).
O termo “destransição” identifica aquelas pessoas que se arrependeram de fazer a “transição de gênero” e que decidiram voltar a viver de acordo com o seu sexo biológico.
Em seu artigo no The Daily Signal, o escritor cita Chloe Cole, que lamentou a perda sofrida de parte de seu corpo ao passar pela dupla mastectomia — cirurgia que remove totalmente as mamas.
Esse tipo de cirurgia é um recurso usado para salvar a vida de mulheres com câncer de mama, mas tem sido usada para mulheres que transicionam de gênero, na esperança de serem “transformadas” em homens.
‘Manipulada pelo movimento LGBT’
“Eu literalmente perdi órgãos”, diz Cole ao se referir à cirurgia feita quando tinha apenas 15 anos. Aos 12, ela conta que decidiu ser transgênero e que os médicos prescreveram bloqueadores de puberdade e testosterona.
Um ano após a mastectomia, ela percebeu que cometeu um erro lamentável e que não poderia mais voltar atrás. Aos 18 anos, ela passou a testemunhar sobre seu arrependimento com a transição, passando a ser identificada como “destransicionada”.
Cole acredita ter sido "enganada e manipulada pelo movimento LGBT” que tem pregado uma doutrina de liberdade extrema, onde as pessoas podem “ser e fazer” o que querem, desprezando totalmente os valores e princípios de Deus.
Outros casos
Nathaniel tem uma história semelhante à perspectiva masculina. Aos 15 anos, ele começou a tomar bloqueadores hormonais e aos 18 anos passou por uma cirurgia de “afirmação de gênero”, conforme lembra Heyer.
“Em outras palavras, suas partes masculinas foram irrevogavelmente destruídas”, disse o autor ao lembrar que Nathaniel lhe escreveu aos 19 anos, se dizendo totalmente arrependido.
O jovem lamentou pelas cicatrizes em seu corpo, deixadas enquanto os cirurgiões tentavam “transformá-lo numa mulher” e se descreveu como “profundamente deprimido” até hoje.
Redesignação de gênero
Além de todas as histórias que conhece sobre pessoas destransicionadas, Walt Heyer tem sua própria história para contar.
“A minha história também fala sobre os efeitos desumanos das identidades transgênero. A partir dos meus 30 anos, me identifiquei como uma ‘mulher transgênero’ e procurei hormônios estrogênicos para feminilizar meu corpo masculino”, disse.
“Minha ‘transição’ começou para valer em 1980, quando procurei os serviços do autodenominado especialista em gênero, Dr. Paul Walker, em San Francisco. Como muitos terapeutas de gênero fazem hoje, Walker me aprovou para hormônios sexuais cruzados durante minha primeira sessão de aconselhamento”, lembrou.
“Com base em sua afirmação de que eu era candidato à cirurgia de ‘redesignação de gênero’, divorciei-me de minha esposa e viajei para Trinidad, Colorado, em abril de 1983. Lá, o Dr. Stanley Biber — que havia completado 3.000 cirurgias antes da minha — realizou minha mudança”, continuou.
Walt Heyer, antes e depois da destransição. (Foto: Reprodução/Gospel Herald)
‘Disseram que eu era homem com genitália castrada’
“Mudei minha certidão de nascimento para ser Laura Jensen, uma mulher, um gênero fictício existente apenas em minha mente e no papel que expurgou Walt Heyer, o homem, de minha identidade original”, disse o autor
“Eu me identifiquei como Laura Jensen até 1990, quando comecei o difícil caminho de volta à sanidade e destransicionei da fantasia de Laura para a realidade de Walt”, relatou.
Para resolver a questão legalmente, Heyer teve que apresentar uma petição ao Tribunal Superior da Califórnia. Para isso, precisou contatar Biber e Walker para certificar sua reivindicação.
'Mudança de gênero é uma fraude’
Para sua surpresa, o documento que Biber e Walker assinaram e apresentaram ao Tribunal Superior atesta que não houve mudança de gênero: “Disseram que eu era homem com genitália castrada e de aparência externa mista”.
“O documento fornece provas de que a ‘mudança de gênero’ é uma fraude e um golpe. O tratamento de terapia hormonal e cirurgia de gênero é ineficaz para mudar os gêneros e os médicos sabem disso”, declarou.
‘A transição me desumanizou’
“O que aprendi com esses anos de ‘transição’, vistos com o benefício de mais de 30 anos de retrospectiva? Aprendi uma dura lição. Cada passo que dei para me identificar como mulher não me tornou mulher, mas me desvalorizou como homem, pai e marido”, lamentou.
“A transição me desumanizou ao mutilar meu corpo masculino e rejeitar minha identidade masculina. Acreditar no terapeuta de gênero e optar por todos os protocolos de mudança de gênero destruiu e diminuiu minha vida como Walt”, disse ainda.
“A compreensão muitas vezes surge em momentos tranquilos de reflexão depois que os efeitos da transição passam. A realidade entra em foco nítido. Os médicos e cirurgiões foram ineficazes em mudar meu gênero. Eles podem feminilizar os homens e masculinizar as mulheres apenas na aparência”, enfatizou.
“Muitas das mudanças são irreversíveis. Infelizmente, algumas mudanças arruínam a chance de produzir filhos, pois os homens perdem a capacidade de produzir esperma. Se as mulheres passam por histerectomias, elas não têm mais útero para gerar filhos”, lamentou.
“Aqueles que podem fazer você acreditar em absurdos podem fazer você cometer atrocidades”, ele citou o filósofo do século 18, Voltaire.
“Acreditar que homens podem se tornar mulheres e mulheres homens é um absurdo. Mutilar homens e mulheres para se identificarem como transgêneros é uma atrocidade de proporções épicas”, Heyer concluiu.