Com escolas-membro em todos os países Brics (grupo de emergentes que começou com Brasil, Rússia, Índia e China), a ABBS (Associação das Escolas de Negócios dos Brics) está buscando ampliar sua atuação no setor acadêmico brasileiro. A instituição, que visa à cooperação mútua entre instituições de ensino empresarial, foi fundada em 2009 por reitores de diferentes escolas dos Brics.
Hoje, a ABBS tem seis escolas-membros na África do Sul, que acaba de ser anexada ao grupo, e dez da China, mas apenas uma representante brasileira.
"Para nós é muito importante a inclusão de escolas brasileiras, porque quanto mais gente participar, melhor será a qualidade do trabalho", afirma Ligia Maura Costa, professora da Escola de Administração da Fundação Getúlio Vargas e uma das fundadoras da entidade.
Estabelecida na cidade de Bangalore, a capital da tecnologia na Índia, a associação visa o intercâmbio de práticas no ensino de administração e o desenvolvimento de conteúdos que sejam comuns aos países do Brics, como marketing voltado para as classes B e C.
"Tentamos produzir material conjuntamente, colocando professores e alunos das diferentes escolas em contato. Assim, tentamos reduzir o impacto de um paper sobre esses países produzido por uma escola norte-americana ou europeia, porque um professor brasileiro tem muito mais condições de descrever as práticas de administração no mercado brasileiro, assim como um professor chinês ou indiano sobre seus mercados", explica Costa.
Entre as realizações da ABBS, estão seminários realizados anualmente. No Brasil, ele aconteceu em 2010 e o tema foi o empreendedorismo nos países Brics. A associação também já publicou um livro sobre as práticas das escolas do grupo e prepara outro. "Por ser uma associação jovem, posso dizer que isso já é bastante sucesso", acredita Costa.