O secretário-geral da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), Anders Fogh Rasmussen, disse nesta quinta-feira (10) que a organização está unida, vigilante e pronta para agir em relação à crise na Líbia .
Ele afirmou que a Otan concordou em ampliar sua presença marítima no Mediterrâneo para ajudar a impor um embargo à venda de armas para a Líbia. Ainda assim, Rasmussem disse a repórteres que a Otan precisa de um aval claro da ONU para que possa intervir no país do norte africano.
'A atual resolução de segurança da ONU 1.970 não autoriza o uso de forças armadas. Tendo dito isso, não posso imaginar que a comunidade internacional e a ONU (vão) ficar alheios se o coronel Khadafi continuar atacando o seu povo sistematicamente. Mas eu tenho de dizer: nós não buscamos uma intervenção na Líbia. E precisaremos de uma base legal clara para qualquer ação', afirmou o secretário-geral.
Pressão internacional
O regime de Muammar Kadhafi, há 41 anos no poder, está sob pressão da comunidade internacional.
Na quarta-feira, Kadhafi disse que a população pegará em armas se for imposta uma zona de exclusão aérea na Líbia, uma das medidas cogitadas por líderes estrangeiros.
'Se eles (os países ocidentais e a ONU) tomarem esta decisão, será útil para a Líbia, porque o povo líbio verá a verdade, que o que eles querem é assumir o controle da Líbia e roubar seu petróleo', disse Khadafi. 'Então o povo líbio pegará em armas contra eles', afirmou.
Em entrevista à TV turca TRT, Khadafi disse que países ocidentais querem impor a zona de exclusão aérea para 'tomar o petróleo líbio'.
Kadhafi alega que governos europeus e a rede terrorista da al-Qaeda estão incitando a juventude da Líbia a aderir à revolta contra seu governo.