Não é outro ser humano que fará a sua vida completa. Mas, é preciso ser honesto. Ter as suas feridas beijadas por alguém que não as vê como um desastre, lhe respeita e trata com amor faz muito bem. É possível esconder feridas, mas escondê-las não as curam. Elas permanecem abertas e doloridas ao longo da vida.
Para que sejam curadas, duas coisas são necessárias. A primeira é deixar-se tocar, ser tratado, revelado, abrir a porta do coração com verdadeira coragem, força e determinação para que as feridas escondidas possam ser curadas.
Todos têm feridas nos lugares mais inesperados. Mapas secretos das suas histórias pessoais. Velhas e teimosas feridas, difíceis de sarar, produzindo dores insuportáveis. Lembranças de acontecimentos que não conseguimos esquecer.
A segunda, é ter alguém disposto a olhar para nossas feridas sem nojo, sem questionar como as adquirimos, sem julgar-nos por sentir tanta dor. É preciso um relacionamento onde o amor e o sofrimento se encontram para dar à luz ao alívio. Seria bom encontrar um amigo assim. Jesus promete ser esse amigo. “Deus sara os de coração quebrantado e lhes alivia as feridas” (Salmos 147:3).
Por Silmar Coelho, pastor da Igreja Metodista Wesleyana, doutor em teologia, líder, terapeuta familiar, apaixonado pela igreja, por sua família e pela vida.
* O conteúdo do texto acima é de total responsabilidade do autor e não reflete necessariamente a opinião do Portal Guiame.
Leia o artigo anterior: Coração partido