Com a participação do chefe do Conselho Regional de Samaria e oficiais da IDF (Forças de Defesa de Israel), samaritanos celebram a Páscoa com sacrifícios de animais, na noite de quinta-feira (14).
Cerca de 800 samaritanos vivem em Israel, principalmente em Holon — distrito de Tel Aviv — e no Monte Gerizim. Todos os anos, eles realizam uma cerimônia tradicional com a presença da maioria dos membros de sua comunidade.
Eles acreditam que são descendentes diretos das tribos não exiladas de Efraim, Manassés e Levi. E, de acordo com sua tradição, eles são os “guardiões” da Torá original. A cada Páscoa, eles sacrificam cerca de 40 ovelhas em uma cerimônia que atrai turistas de todo o mundo.
Sobre a cerimônia
Para participar do ritual, todos os membros da comunidade vestem-se de branco. Acredita-se que a “Páscoa Samaritana” tenha sido observada por mais de 2 mil anos por eles.
O sumo sacerdote dos samaritanos disse, durante uma conversa com o chefe do Conselho Regional de Samaria, Yossi Dagan, que estava feliz em conhecê-lo na ocasião da festa de Páscoa.
Para Dagan, “os samaritanos são parte integrante da história de Samaria” e fazem parte da história de Israel. “Nós os amamos”, ele afirmou.
Sobre o sacrifício na atualidade
Na época em que o Templo existia, o povo judeu fazia as ofertas de Páscoa, mas essa tradição cessou com a destruição do segundo templo no ano 70 d.C.
Conforme o Jerusalem Post, vários membros da organização Hozrim Lahar (Retorno à Montanha) foram presos, na manhã de sexta-feira (15) e no início desta semana, por tentarem sacrificar um cordeiro no Monte do Templo.
A organização se define como um “movimento pela redenção do Monte do Templo” e visa militar para que o local não “caia em mãos estrangeiras”.
Jesus se fez sacrifício por nós
Para os cristãos e também judeus messiânicos, o sacrifício de Jesus na cruz aboliu totalmente os sacrifícios de animais, que serviam de símbolo do “cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo”.
Hoje em dia, não é mais necessário o sacrifício de ovelhas através do serviço sacerdotal. Faz alguns anos, porém, que ativistas judeus restauraram esse serviço em Israel.
A reconstrução do Templo de Salomão é o grande objetivo deles e, para isso, além de rituais de sacrifícios, eles criaram um Instituto que tem reconstruído ferramentas e utensílios para serem utilizados nas futuras cerimônias religiosas, quando o templo estiver pronto.
A prática que tem sido defendida por lideranças religiosas, porém, é condenada pelos defensores dos direitos dos animais.