Mais de 180 foguetes e morteiros foram disparados de Gaza contra Israel nesta quarta-feira (8) atingindo Berseba, a maior cidade do sul do país. Mais de 30 foguetes foram interceptados pelo sistema de defesa antimísseis e maior parte das bombas explodiu em áreas abertas.
O ataque foi uma demonstração de força por militantes palestinos, horas depois de uma autoridade árabe dizer que o fim do conflito na fronteira poderia estar próximo. Em retaliação nesta quinta-feira (9), o Exército de Israel atingiu mais de 150 instalações pertencentes ao Hamas, grupo islâmico que controla Gaza.
Sete pessoas ficaram feridas no sul de Israel, de acordo com militares israelenses. Uma grávida palestina, seu filho de 18 meses e um militante do Hamas, foram mortos e pelo menos cinco civis ficaram feridos, segundo autoridades médicas locais.
Pela primeira vez desde a guerra de 2014, sirenes de alerta de foguetes soaram em Berseba, uma cidade de 200 mil habitantes localizada a 40 quilômetros da Faixa de Gaza.
A série de ataques ocorreu depois que autoridades palestinas e israelenses falaram sobre uma possível trégua nos meses de violência na Faixa de Gaza, em um esforço mediado pelas Nações Unidas e Egito.
“Facções da resistência consideram esta escalada encerrada no que nos diz respeito, e a continuidade da calma depende do comportamento da ocupação”, afirmou uma autoridade palestina sob condição de anonimato, usando o termo das facções militantes para Israel.
Antes do incidente de Berseba, autoridades israelenses disseram que o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, deveria realizar uma sessão no gabinete de segurança para evitar conflitos.
O enviado da ONU para o Oriente Médio, Nickolay Mladenov, alertou que “a situação pode se deteriorar rapidamente, com consequências devastadoras para todas as pessoas”.