O Sinédrio enviou nesta segunda-feira (15) um convite ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para que ele suba no Monte do Templo e faça uma oração pela paz no mundo. O líder americano fará sua primeira visita de Estado a nação judaica e estará em Jerusalém na próxima semana.
“Nós esperamos que você venha até o Monte do Templo, o Monte Moriá, para as áreas apropriadas. Ao fazer isso, você receberá as bênçãos do Rei Salomão, que fundou o Templo com a intenção de que os líderes estrangeiros viessem de longe para trazer a paz a suas terras”, disse trecho da carta do Sinédrio ao presidente dos EUA.
O rabino Hillel Weiss, porta-voz da assembleia religiosa judaica, enfatizou a importância da oração diante do cenário atual. “Trump está diante de um momento extremo na história, quando o mundo pode se deparar com um grande conflito. Se isso começar na Coreia do Norte, na Síria ou na Europa, as sementes de guerra estarão semeadas”, disse Weiss ao site Breaking Israel News.
Embora exista uma perspectiva de guerra, o rabino afirmou que há uma forte possibilidade de haver um grande benefício global. “O presidente Trump pode escolher fazer parte de um processo para trazer o Messias e uma bênção sem precedentes para o mundo, da mesma forma que o rei Ciro desempenhou seu papel na construção do Segundo Templo”.
De acordo com o rabino Dov Stein, secretário-geral do Sinédrio, orar no Monte do Templo, em Jerusalém, é essencial para que o líder americano alcance seus objetivos.
“O presidente Trump diz que quer fazer o bem no mundo. Se realmente este é o caso, então Deus com certeza irá ajudá-lo nessa empreitada”, disse Stein. “Para que qualquer esforço tenha sucesso, você deve pedir a ajuda de Deus. O lugar apropriado para um líder orar é no Monte do Templo. Se o presidente Trump fizer isso, ele vai receber essa bênção e alcançar grande sucesso”.
Descrito bíblico
Se Trump aceitar o convite dos líderes judeus, ele não irá apenas fazer uma poderosa declaração política, mas irá cumprir o que foi descrito pelo Rei Salomão, segundo o rabino. “Quando Salomão concluiu a construção do Primeiro Templo, há cerca de 3 mil anos, ele intercedeu pelos reis estrangeiros que viriam ao local para a oração”, disse Stein, citando o Livro de Reis.
“Quanto ao estrangeiro, que não pertence ao teu povo Israel, e que veio de uma terra distante por causa do teu nome — pois ouvirão acerca do teu grande nome, da tua mão poderosa e do teu braço forte — quando ele vier e orar voltado para este templo, ouve dos céus, lugar da tua habitação, e atende o pedido do estrangeiro, a fim de que todos os povos da terra conheçam o teu nome e te temam, como faz Israel, teu povo, e saibam que este templo que construí traz o teu nome” (1 Reis 8:41-43).
“Nós também sentimos que se ele ver o lugar para si mesmo, ele vai entender melhor a realidade da situação”, acrescentou Stein. “Isso vai lhe dar uma visão que faltava nos presidentes anteriores e irá ajudá-lo a encontrar uma solução adequada, algo que nenhum outro líder foi capaz de trazer”.
Trump ganhou o apoio de evangélicos e judeus durante sua campanha presidencial com a promessa de tirar a Embaixada dos EUA de Tel Aviv e movê-la para Jerusalém, reconhecendo a cidade como capital de Israel. Sua visita à nação judaica na próxima semana coincide com o 50º aniversário da unificação de Jerusalém durante a Guerra dos Seis Dias.