Os alunos que foram mortos em Uganda, durante o ataque extremista ocorrido no último sábado (16), estavam cantando louvores, conforme relatou uma testemunha que mora em frente à escola.
De acordo com informações da BBC News, as canções foram bruscamente interrompidas por gritos. Militantes do Estado Islâmico foram responsabilizados pelo ataque.
“Eu ouvi os gritos”, disse Mary Masika à BBC News sobre a violência que deixou mais de 40 mortos. A testemunha conta que ela e outros moradores ficaram apavorados e que a ação dos criminosos durou cerca de 1 hora e meia.
“Desde então não consigo comer nem dormir”, lamentou ao dizer que os alunos costumavam cantar antes de ir para seus quartos.
‘Queimaram e mutilaram alunos’
Os rebeldes que entraram na escola atearam fogo nas crianças e usaram facões para matar e mutilar os alunos.
Brian Muhindo, de 15 anos, que também frequentava a escola, está desaparecido. A família não sabe se ele está entre os seis meninos sequestrados ou um daqueles cujos corpos não podem ser identificados porque foram gravemente queimados.
De acordo com Mary Masika, no final do ataque, por volta das 23h30, ela ouviu um dos criminosos conversando em seu portão e perguntando a um dos extremistas se “o trabalho estava feito”.
Eles conversavam em suaíli, a língua oficial da região, e depois começaram a gritar “Allahu Akbar”, que quer dizer “Alá é maior”. Na região há uma mistura de cristãos e muçulmanos.
Muitos funerais de alunos foram realizados em aldeias da região, com a maioria das pessoas perplexas e arrasadas com a brutalidade do ataque.