Evangelista é morto a facadas após levar muçulmanos a Jesus em Uganda

David Washume foi morto após pregar em um evento evangelístico onde muçulmanos aceitaram Jesus.

Fonte: Guiame, com informações de Morning Star NewsAtualizado: segunda-feira, 5 de maio de 2025 às 15:18
Imagem Ilustrativa. (Foto: Reprodução/Unsplash/Akinbajo Ayobami)
Imagem Ilustrativa. (Foto: Reprodução/Unsplash/Akinbajo Ayobami)

Extremistas islâmicos assassinaram um evangelista em um evento ao ar livre no leste de Uganda depois que ele levou vários muçulmanos a Jesus.

David Washume, conselho municipal de Nabumali, no distrito de Mbale, foi esfaqueado até a morte em 3 de abril, quando retornava de três dias de pregação nas áreas de Nalondo, Buwalasi e Nabumali. Ele tinha 38 anos.

Conforme o Morning Star News, David estava acompanhado do amigo, também evangelista, Fred Wepuhulu. Na ocasião, ele mencionou textos do Alcorão e referências bíblicas em sua pregação, enfatizando a divindade de Cristo e a humanidade de Maomé. 

“No terceiro dia, o número de participantes aumentou, David fez um apelo para que eles matassem o pecado em suas vidas e seguissem a Cristo contra Satanás, e suas vozes se elevaram ao céu em cânticos”, disse um participante, cujo nome não foi revelado por motivos de segurança. 

“Muitas pessoas responderam, incluindo vários muçulmanos que aceitaram Jesus como Senhor e Salvador. Mas, outros começaram a gritar em protesto, e os dois evangelistas saíram e entraram na casa de um amigo”, acrescentou.

O ataque

Na noite do dia 3 de abril, David e Fred estavam voltando para casa, na área de Nabumali, quando foram atacados por volta das 22h.

“Quando nos aproximávamos da nossa aldeia, encontramos três homens usando máscaras, vestidos com trajes muçulmanos, com facas, falando em árabe. Eles nos pararam e nos mandaram entregar nossas malas”, contou Fred.

Nesse momento, os agressores encontraram Bíblias e um Alcorão na bolsa de David: “Um deles gritou em nossa língua local: 'São eles, matem!'”, relembrou Fred. 

E continuou: “Percebi que estávamos no meio de extremistas muçulmanos. Lutei com um deles que me segurava com força, mas consegui escapar. Meu amigo, que estava preso por dois homens, não conseguiu. Finalmente, cheguei em casa, mas com muito medo”.

No dia seguinte, Moses Kutosi, presidente do Conselho Municipal de Nabumali, informou que recebeu a notícia de que havia um cadáver em uma poça de sangue perto da capela de uma faculdade bíblica.

“Imediatamente, fui ao local do incidente e encontrei o corpo do meu amigo David. Fiquei chocado e com medo e liguei para a polícia, que chegou algumas horas depois”, relembrou ele.

‘Será julgado’

O corpo foi levado para o necrotério da cidade de Mbale para autópsia. Um parente de David disse que o corpo tinha ferimentos no pescoço e no peito.

“A faca que os agressores usaram para matá-lo foi encontrada na cena do crime, incluindo uma nota escrita dizendo: 'Você, infiel, encontrará Alá no julgamento', e outras palavras em árabe que não puderam ser entendidas”, afirmou o parente.

Moses contou que David era um bom homem, trabalhador e membro de uma igreja na cidade de Mbale.

Segundo a polícia local, as autoridades e membros da comunidade iniciaram uma busca intensiva pelos assassinos.

Apesar da Constituição do país e outras leis preverem liberdade religiosa, incluindo o direito de propagar a própria fé e converter-se de uma fé para outra, o assassinato de David foi o ataque mais recente de muitos casos de perseguição aos cristãos em Uganda.

Os muçulmanos representam não mais que 12% da população de Uganda, com altas concentrações nas regiões orientais do país. 

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