Ataque extremista em escola cristã na Uganda deixa mais de 40 mortos

Os extremistas queimaram os prédios da escola enquanto as crianças ainda estavam dentro.

Fonte: Guiame, com informações da Portas AbertasAtualizado: segunda-feira, 19 de junho de 2023 às 13:10
Escola em vilarejo cristão foi atacada por extremistas durante a noite. (Foto: Portas Abertas)
Escola em vilarejo cristão foi atacada por extremistas durante a noite. (Foto: Portas Abertas)

Uma escola no Oeste de Uganda que fica numa comunidade cristã, a cerca de 55 km de Kasese, perto da fronteira com a República Democrática do Congo, foi atacada na noite de sábado (16), por volta das 23h30. 

Conforme a Portas Abertas, pelo menos 42 pessoas, a maioria crianças, morreram no ataque. Além disso, várias meninas foram sequestradas e outras estão gravemente feridas.

O ataque foi feito por militantes das Forças Democráticas Aliadas (ADF, da sigla em inglês), de acordo com reportagens locais e internacionais. Eles invadiram a Escola Secundária Lhubiriha, que fica especificamente em Nyabugando, na região de Mpondwe.

Sobre o ataque

“Temos informações que os rebeldes passaram duas noites aqui antes de invadirem a escola. Enviamos helicópteros para serem usados na operação de resgate dos alunos”, disse Maj Gen Olum, das Forças de Defesa Popular de Uganda (UPDF, da sigla em inglês). 

Os criminosos queimaram os prédios da escola enquanto as crianças ainda estavam dentro e depois saquearam o depósito de alimentos.

Os próprios estudantes sequestrados foram usados para transportar a comida saqueada para o Parque Nacional de Virunga. 

País em observação

A ADF se originou no Leste de Uganda nos anos 1990 e depois migrou para o nordeste da República Democrática do Congo, onde cresceu em número e força.

O grupo extremista não tinha uma lealdade clara ao Estado Islâmico (EI), no entanto, em 2019, o EI reivindicou a responsabilidade por um ataque das ADF e fez referência pela primeira vez a uma “Província da África Central”. 

Uganda ocupa o 69° lugar na Lista de Países em Observação, onde o assédio aos cristãos se tornou muito comum nas partes orientais do país. 

A situação é pior para os convertidos do islamismo. Aqueles que possuem materiais cristãos ou discutem a fé cristã com membros da família e comunidade podem ser expulsos, atacados fisicamente e até serem mortos.

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