Missionário que levou muçulmanos a Jesus é morto a facadas na Uganda

Apesar da constituição da Uganda e outras leis garantirem a liberdade religiosa, incluindo o direito de propagar a própria fé e converter-se de uma religião para outra, na prática, essa não é a realidade de cristãos residentes no país.

No dia 8 de abril deste ano, extremistas muçulmanos mataram um missionário no leste da Uganda.

O engenheiro Herbert, do distrito de Sironko, foi esfaqueado até a morte na área de Namakwekwe, no norte da cidade de Mbale, enquanto voltava para casa do trabalho.

“Herbert foi muito eficaz nas atividades evangelísticas”, disse um pastor da área ao Morning Star News. 

“Ele trabalhou e ajudou muitos evangelistas a alcançar comunidades muçulmanas em Nkoma, Nakaloke, Busajabwankuba, Nauyo, Kabwangasi e muitas partes da cidade de Mbale e fora da cidade”, informou o pastor. 

E continuou: “Muitos muçulmanos deixaram o islamismo e se juntaram ao cristianismo, especialmente homens e mulheres jovens”.

O pastor e um cristão da área, não identificados por segurança, encontraram o corpo de Herbert, de 42 anos, na manhã do dia seguinte.

“O pastor e eu conseguimos reconhecer o homem. Ele estava deitado em uma poça de sangue com cortes profundos na cabeça, costas e mãos”, disse o cristão, que segundo o Morning Star News, se deparou com muçulmanos atacando Herbert na noite anterior. 

Momento do incidente

O cristão havia deixado a cidade de Mbale na noite de 8 de abril, quando voltou para abastecer viu um grupo de muçulmanos atacando um homem.

“Eu liguei todas as luzes do meu carro e vi cerca de cinco homens na beira da estrada vestidos com capas islâmicas e túnicas batendo em um homem que gritou alto pedindo ajuda, mas temi pela minha vida porque um dos agressores estava gritando com ele sobre prejudicar a religião islâmica”, relatou ele.

Apavorado, o cristão fugiu e ao chegar em Mbale informou a polícia.

“A polícia me pediu para levá-los ao local onde o incidente ocorreu na manhã seguinte”, disse o crente.

Inicialmente ele resistiu por medo dos muçulmanos, pois ele foi uma testemunha ocular cristã do crime.

“Mais tarde, concordei e decidi informar um dos pastores da cidade de Mbale”, contou ele.

O pastor que o acompanhou ao local do crime compartilhou que Herbert o ajudou e também a outros líderes da igreja.

“Fui ajudado pessoalmente pelo falecido Herbert e, de fato, ele foi um evangelista maravilhoso e talentoso, além de oferecer apoio financeiro para a expansão do reino de nosso Senhor Jesus Cristo”, disse ele.

“Como Corpo de Cristo, perdemos um dedicado servo de Cristo”, acrescentou ele.

De acordo com o Morning Star News, o ataque foi o mais recente de muitos casos de perseguição aos cristãos na Uganda.

Os muçulmanos representam cerca de 12% da população do país, com altas concentrações nas áreas orientais.