Os dois acusados de comercializar “livros que abalam a fé dos muçulmanos”, numa livraria da Argélia, o pastor Rachid Seighir e o vendedor Nouh Hamimi, receberam o veredito final em 26 de setembro. Além das multas, os dois receberam uma pena de um ano de prisão.
Eles aguardavam o julgamento desde junho, do Tribunal Regional de Apelações. Em 27 de fevereiro, eles foram condenados por proselitismo, já que na livraria continha literatura cristã.
A lei que regulamenta a adoração não muçulmana criminaliza produzir, armazenar ou divulgar documentos impressos, audiovisuais ou usar qualquer outro meio com a intenção de minar a fé de um muçulmano.
Intolerância religiosa
Rachid e Nouh souberam da acusação por uma notificação por escrito colocada por baixo da porta da Igreja Oratoire, onde Rachid é pastor e Nouh é membro, em Oran, uma cidade costeira a 431 quilômetros a oeste da capital do país.
O pastor também tem uma livraria e papelaria, onde Nouh Hamimi trabalha como vendedor. Em 2017, a polícia invadiu a livraria, encontrando materiais cristãos, Bíblias e impressoras.
Além disso, três igrejas (incluindo a do pastor Rachis), na província de Oran, foram ordenadas a fechar suas portas por um tribunal, entre os meses de junho e julho.
Com isso, o número de igrejas fechadas na Argélia subiu para 16. Mais quatro igrejas foram instruídas a cessar todas as atividades, mas ainda não foram fechadas. Os cristãos no país pedem oração, enquanto continuam apelando do veredito.