Entre os dias 12 a 14 de maio, o grupo extremista Forças Aliadas Democráticas (ADF) atacou com violência comunidades vulneráveis no Leste da República Democrática do Congo, atingindo muitos cristãos.
Durante os três dias de ataques incessantes, cristãos foram assassinados em plena luz do dia. Carros e motocicletas foram queimados e vilarejos foram destruídos. “A última onda de ataques causou a morte de pelo menos 8 cristãos”, conforme a Portas Abertas.
Os crimes aconteceram primeiro em vilarejos na cidade de Beni e depois nas comunidades do estado de Kovu do Norte.
‘Estão matando o povo de Deus’
De acordo com o pastor Bunvikane da igreja CEPAC, no sábado (13), os militantes mataram três cristãos no vilarejo de Katongo. E, no domingo de madrugada, no mesmo local, incendiaram um carro que transportava peixes.
O pastor conta que o cristão que estava dirigindo, conhecido como Luc, e o passageiro, ficaram presos no veículo e morreram carbonizados. Luc era membro da igreja CEPAC. Ele deixou esposa e três filhos.
“Ele estava no culto de domingo, pouco antes de ir para a rodovia Kasindi-Beni. A ADF está matando o povo de Deus”, lamentou o pastor ao se lembrar das mortes horríveis causadas pelo grupo terrorista.
‘Deus nunca dorme’
Ainda conforme a Portas Abertas, os ataques em série fez aumentar o medo entre os cristãos. No momento, a rodovia Kasindi-Beni está vazia.
A organização aponta para a não intervenção das autoridades locais até o momento: “A Comunidade para o Desenvolvimento Sul-africano se comprometeu no começo do mês a enviar tropas para ajudar a República Democrática do Congo a restabelecer a paz na região, diante da intensa crise que o Leste do país enfrenta”.
A situação começou a se normalizar na terça-feira (16) e os cristãos tentam voltar à rotina depois dos dias terríveis que viveram. “Deus nunca dorme”, disse o pastor ao compartilhar que as pessoas já estão voltando aos cultos para adorar e ouvir a palavra de Deus.