Estudante cristã é sequestrada por diretora e forçada a se converter ao islamismo

O caso da jovem Faiza já é o terceiro de conversão forçada em apenas uma semana, no Paquistão.

Fonte: Guiame, com informações do Christian PostAtualizado: quarta-feira, 11 de setembro de 2019 às 12:01
Faiza foi levada a força pela diretora de sua escola para ser convertida ao islamismo em um centro de ensino islâmico. (Foto: ZeeNews.India)
Faiza foi levada a força pela diretora de sua escola para ser convertida ao islamismo em um centro de ensino islâmico. (Foto: ZeeNews.India)

A diretora de uma escola no Paquistão está sendo acusada de sequestrar uma estudante cristã e levá-la a uma madrasa (centro de ensino islâmico) na região de Punjab, para promover uma conversão forçada da menina ao islã.

O jornal Press Trust da Índia relatou que o pai da menina, Mukhtar Masih, apresentou uma queixa em uma delegacia local na província de Punjab, depois que sua filha, Faiza, de 15 anos, não voltou da escola na quarta-feira da semana passada.

Masih disse que a família entrou em contato com a escola para perguntar onde estava a filha. Foi então que a professora disse-lhes que a diretora da escola, Saleema Bibi, teria levado Faiza a uma madrasa islâmica próxima para a menina se converter ao islã.

O pai diz que percorreu três seminários islâmicos até encontrar sua filha. No entanto, os funcionários da madrasa não permitiram que Faiza retornasse com sua família.

Depois que Masih apresentou uma queixa, a polícia invadiu a madrasa e resgatou Faiza. A menina foi então levada para um abrigo em Sheikhupura. A agência de notícias relata que a família agora está apelando para que as autoridades permitam que Faiza volte para casa.

"Agimos e recuperamos a garota sob a queixa de Mukhtar Masih, mas ainda não foi registrado um primeiro relatório contra ninguém", disse o policial Muhammad Nawaz ao PTI. "No entanto, estamos investigando o assunto".

Dizia-se que Faiza havia informado aos pais, porque ela foi informada por uma professora que "automaticamente se tornara muçulmana" porque estava aprendendo árabe na escola.

"A diretora também nos ofereceu a conversão ao Islã e, em troca, ela nos compensaria pagando por nossas necessidades, mas recusamos", disse o pai da adolescente.

Segundo o jornalista Nail Inayat, Faiza é o terceiro caso relatado de conversão forçada ao islamismo no Paquistão em apenas uma semana.

"Renuka Kumari, Jagjit Kaur e Faiza Mukhtar. São meninas respectivamente de religiões hindu, sikh e cristã. Elas não são 'puras' o suficiente para a terra dos puros?", perguntou Inayat em um tópico no Twitter. "A professora que ensinou árabe para a garota da escola disse a ela: 'você não pode voltar para casa agora, pois é muçulmana'".

Contexto

A conversão forçada de Faiza segue relatos de que uma jovem hindu na província de Sindh foi sequestrada pelo Instituto de Administração de Empresas de Sukkur e forçada a se converter ao islã.

Além de casos como o de Faiza, muitos outros de conversão forçada também envolvem também casamentos ilegais, que são puníveis com até sete anos de prisão, de acordo com o código penal paquistanês. Meninas são sequestradas e forçadas a se casar com um muçulmano, o que exige também que elas se convertam ao islamismo.

Apesar da previsão de punição, os frequentes sequestros de meninas cristãs e hindus por homens muçulmanos continuam sendo um problema no Paquistão.

Uma estimativa de 2014 da organização não-governamental Movimento de Solidariedade e Paz sugere que mais de 1.000 meninas hindus, cristãs e outras minorias religiosas são sequestradas, estupradas ou forçadas a casamentos islâmicos a cada ano.

 

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