Terroristas muçulmanos matam 10 cristãos, em Burkina Faso

O ataque ocorreu na pequena cidade de Silgadji, no norte do país, onde os extremistas do Boko Haram agem.

Fonte: Guiame, com informações da AFPAtualizado: segunda-feira, 3 de fevereiro de 2020 às 18:18
Soldados patrulham Burkina Faso após ataque terrorista em vilarejo. (Foto: Reprodução/AFP)
Soldados patrulham Burkina Faso após ataque terrorista em vilarejo. (Foto: Reprodução/AFP)

Terroristas islâmicos mataram quase 20 civis em um ataque durante a noite na vila de Bani, no norte de Burkina Faso, província de Seno, disseram fontes de segurança neste domingo.

"Os terroristas, fortemente armados e em motos, literalmente executaram os habitantes locais", disse a fonte de segurança à AFP. Os homens deixaram quase 20 mortos, dentre eles 10 eram cristãos, acrescentou a fonte.

Uma autoridade de saúde local, falando da cidade de Dori, no norte, disse que a enfermeira-chefe na aldeia vizinha de Lamdamol estava entre as vítimas.

"Há pânico na vila e nos arredores", acrescentou o funcionário, dizendo que a população local estava fugindo da área em direção ao centro-norte do país.

Outra fonte de segurança disse que o ataque foi uma represália depois que os jihadistas disseram à população local para deixar a área alguns dias antes.

As forças de segurança trabalharam dia e noite para tornar a zona segura, "mas é difícil estar em todos os lugares ao mesmo tempo", disse a fonte.

Ataques similares

Este último ataque ocorre uma semana depois de vários ataques semelhantes no norte do país.

Em 25 de janeiro, um ataque matou 39 civis na vila de Silgadji, na província vizinha de Soum, a noroeste de Seno.

Burkina Faso faz fronteira com Mali a noroeste e Níger a leste, os dois países que lutam para conter uma onda de ataques jihadistas letais.

As forças de segurança de Burkina, mal equipadas e mal treinadas, não foram capazes de combater os ataques mortais em seu território, apesar da ajuda de soldados estrangeiros, principalmente tropas francesas.

Segundo dados da ONU, os ataques jihadistas no Mali, Níger e Burkina Faso mataram 4.000 pessoas em 2019 e causaram uma crise humanitária sem precedentes, obrigando 600.000 a fugir de suas casas.

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