Pastor é assassinado em Burkina Faso por terroristas em frente à esposa

Além do pastor, pelo menos 7 pessoas foram mortas pelos extremistas islâmicos.

Fonte: Guiame, com informações da Portas AbertasAtualizado: terça-feira, 30 de maio de 2023 às 14:27
O pastor Jonas Yaro, de 39 anos, deixou a esposa e três filhos. (Foto representativa: Portas Abertas)
O pastor Jonas Yaro, de 39 anos, deixou a esposa e três filhos. (Foto representativa: Portas Abertas)

Na última quinta-feira (25), jihadistas atacaram o vilarejo Molokadou, em Burkina Faso. O atentado aconteceu no final da tarde, por volta das 16hs. 

“Os terroristas cercaram o vilarejo e atiraram no ar para criar pânico. Depois, entraram em um complexo onde assassinaram duas pessoas. A terceira pessoa que estava no local conseguiu fugir para a casa do pastor”, conta um parceiro local da Portas Abertas.  

O jovem achou que tinha escapado, mas na verdade foi seguido pelos jihadistas e os levou diretamente para o complexo de casas dos líderes da igreja. “Eles mataram o jovem e o pastor, na frente da esposa, conforme a organização.

Outras 7 vítimas

Além do pastor Jonas Yaro, de 39 anos, outras 7 pessoas também foram assassinadas. As vítimas estavam no vilarejo Molokadou na hora do ataque. 

Jonas servia na igreja do vilarejo há 8 anos junto da esposa e dos três filhos. Até agora foi confirmado que, entre as vítimas, havia pelo menos 1 cristão. A identidade das outras vítimas ainda está sendo investigada. 

Infelizmente, no último ano, Burkina Faso enfrentou dois golpes de Estado, o que torna a resposta do governo contra a insegurança ineficiente. Ainda em maio, jihadistas atacaram o vilarejo de Silmidougou, também no Norte de Burkina Faso, onde mataram três cristãos, incluindo o pastor Antoine Kouma Ouedraogo.  

Crise de deslocados internos

A crescente insegurança esvaziou muitos vilarejos no Norte do país e causou uma massa de mais de 2 milhões de deslocados internos, segundo o Conselho Nacional de Ajuda Emergencial e Reabilitação em Burkina Faso. A agência ReliefWeb também relatou que 2 entre 3 deslocados internos são crianças.  

Conforme uma publicação do Guiame, tudo começou em 2015, quando jihadistas do Mali rumaram para o sul. Grupos afiliados à Al Qaeda e ao Estado Islâmico intensificaram seus ataques no ano seguinte em Burkina.

Segundo a agência de notícias AFP, o país vem sofrendo ataques quase diários. E em 2020, os radicais mataram cerca de 4 mil burquinenses. Sabe-se que os cristãos estão na lista negra dos terroristas.

Especialistas que monitoram a Igreja Perseguida no mundo estão preocupados com o crescimento de grupos islâmicos radicais no país. 

“Por favor, ore por aqueles que perderam entes queridos e pelos cristãos de Burkina Faso para serem uma luz para os outros nesta situação terrível e trabalharem para trazer mudanças”, pediu a gerente de projetos da Release Internacional.  

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