Terroristas matam 200 pessoas em ataque em Burkina Faso; cristãos estão entre as vítimas

Mais de 100 extremistas islâmicos atacaram durante horas em Barsalogho, matando mulheres, crianças e idosos.

Fonte: Guiame, com informações de RFI e ACN InternacionalAtualizado: quinta-feira, 29 de agosto de 2024 às 19:32
O ataque aconteceu em Barsalogho. (Foto: Reprodução/YouTube/Al Jazeera English).
O ataque aconteceu em Barsalogho. (Foto: Reprodução/YouTube/Al Jazeera English).

Um grupo terrorista, ligado à Al Qaeda, matou cerca de 200 pessoas em um ataque em Burkina Faso, no último sábado (24).

O ataque coordenado do Grupo de Apoio ao Islã e aos Muçulmanos (JNIM) aconteceu enquanto militares e civis cavavam trincheiras para se protegerem de ataques extremistas, em Barsalogho, a cerca de 30 km da capital Kaya.

Segundo a organização cristã “Ajuda à Igreja que Sofre” (ACN), 22 cristãos estão entre as vítimas. Mais de 300 pessoas ficaram feridas no ataque e foram atendidas no hospital de Kaya.

De acordo com relatos de moradores, mais de 100 terroristas chegaram em motos e abriram fogo com armas pesadas contra soldados e civis, incluindo mulheres, crianças, e idosos. O ataque brutal durou mais de horas, das 9h às 16h, conforme a rádio RFI.

Devido ao grande número de mortos, não foi possível enterrar todos os corpos em menos de três dias após a tragédia.

Este foi o terceiro ataque terrorista em Burkina Faso somente neste mês e um dos mais sangrentos da história. Desde 2015, o país sofre com o extremismo islâmico.

Aumento da perseguição

Em fevereiro, 15 cristãos foram mortos durante um ataque de militantes islâmicos em uma igreja no país.

Em 2023, o país sofreu com os ataques violentos e mortais. A maior parte das atividades terroristas na África Ocidental vem de grupos islâmicos radicais que lutam por um califado muçulmano. 

Levando em conta a motivação, sabe-se que muitos cristãos, pastores e igrejas estão nos planos dos criminosos.

“Burkina Faso é um país onde vemos uma crescente ameaça terrorista, e muito disso tem a ver com sua fronteira”, explicou Todd Nettleton, da Voz dos Mártires nos EUA.

“O país africano compartilha uma fronteira muito longa com o Mali. Sabemos que o Mali tem estado muito instável nos últimos anos e que tem enfrentado muitas atividades terroristas. Isso passou pela fronteira com Burkina Faso”, continuou.

Além disso, Burkina Faso faz fronteira com o Níger: “Lá também vimos o aumento de ataques terroristas e, portanto, parece que muito dessa violência e muito desse terrorismo está atravessando a fronteira e chegando até aqui”, disse ainda.

O país ocupa o 20° lugar da Lista Mundial da Perseguição 2024 da Missão Portas Abertas.

Este conteúdo foi útil para você?

Sua avaliação é importante para entregarmos a melhor notícia

Siga-nos

Mais do Guiame

O Guiame utiliza cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiência acordo com a nossa Politica de privacidade e, ao continuar navegando você concorda com essas condições