Ide Viriya nasceu na Tailândia e foi criado na tradição theravada do budismo. Mesmo crescendo nos Estados Unidos, seus pais o ensinaram a sempre seguir a religião da família, já que 95% dos tailandeses são budistas.
Ide se apegou à religião de Buda, mesmo experimentado opressão maligna desde sua infância. Ele e seu irmão acordavam a noite, assombrados por demônios e ouviam vozes. Porém, seus pais não acreditaram no relato dos meninos.
“Senti como se houvesse dedos tocando meu corpo. Eu podia ver dois olhos olhando para mim”, contou Ide, em entrevista ao canal Delafé Testimonies.
Aos 20 anos, além da opressão maligna, Ide passou a sofrer de TOC (Transtorno Obsessivo Compulsivo), ansiedade e depressão.
Estudando na Universidade de Maryland, em Baltimore, o jovem acreditava que algo de ruim aconteceria a sua mãe se ele não repetisse uma frase várias vezes.
“Eu continuava tendo que repetir as coisas como um pensamento na minha cabeça até sentir paz”, disse ele.
O budista procurou ajuda no serviço psicológico da universidade e foi encaminhado para profissionais fora do campus, porque seu quadro clínico era grave. Assim, o estudante passou por diversos psicólogos, psiquiatras e terapeutas.
No auge da doença, ele tomava 12 comprimidos por dia para acalmar seus medos irracionais. Desesperado por paz, Ide também mergulhou no budismo, visitando o templo e orando com os monges todas as noites.
Entretanto, nada o ajudava. “O budismo reconhece o sofrimento no mundo. Mas para mim não forneceu uma solução. Caí em uma mentalidade de sobrevivência”, revelou ele.
O jovem lutava para terminar a faculdade e manter um emprego, ao mesmo tempo que tentava administrar seu TOC.
Perseguido por espíritos malignos
Com 30 anos, Ide havia melhorado um pouco depois de ir a um psicólogo cristão, mas às vezes, ainda era atormentado por espíritos malignos. Morando com o irmão enquanto fazia mestrado, novamente ele viu uma figura sombria.
Nas semanas seguintes, Ide passou a sentir um frio fora do comum, tendo que vestir roupas de inverno dentro de casa. "Eu sabia que algo estava errado", contou ele.
Mesmo seguindo as orientações de seu líder busdita para afastar o espírito, Ide continuava sentindo a presença maligna em sua residência e, com medo, passou a ficar na casa de um amigo.
Porém, o espírito o perseguiu até lá e continuava o atormentando. Então, ele se refugiou no templo budista. O monge fez rituais e oferendas de paz com o jovem, mas o espírito não o deixava.
Desistindo de tentar o ajudar, o líder disse a Ide: “Algumas pessoas têm uma mente mais fraca”.
Encontrando paz em Cristo
Quase sem esperança, certo dia, Ide ligou o rádio enquanto dirigia e parou em uma programação cristã, onde um pregador falava: “Você já se sentiu como se estivesse no meio do oceano e ondas batem em você de todas as direções?”.
“É, é meio assim que me sinto agora”, pensou o jovem. “Às vezes, Deus permite que você esteja nessas situações para que as ondas o aproximem dele”, afirmou o pregador.
Na mesma hora, Ide sentiu a necessidade de ir à igreja com seu amigo cristão da faculdade. No culto, ele conheceu o pastor, que coincidentemente era seu vizinho.
“A única maneira de ser verdadeiramente livre é se você aceitar Jesus como seu Senhor e Salvador”, disse o pastor.
Apesar do medo da reação de sua família budista, Ide se entregou a Cristo e foi liberto do espírito que lhe oprimia.
“Senti como se tivesse usado óculos de sol a vida toda. Agora parecia que os óculos de sol tinham sido retirados. Foi a manhã mais linda que eu já vi. Jesus é real”, testemunhou ele.
E declarou: “Deus enviou Jesus para levar nosso castigo naquela cruz. Não foi apenas que ele morreu, mas ele ressuscitou, derrotando a morte e o pecado”.