O pastor americano David Platt, líder da McLean Bible Church, alertou para a necessidade da Igreja investir mais na evangelização dos povos não alcançados ao redor do mundo.
Platt enfatizou a importância do trabalho missionário em comunidades que nunca ouviram o Evangelho durante a Conferência Together for the Gospel, que aconteceu no último final de semana em Louisville, nos Estados Unidos.
Citando a passagem da Grande Comissão e também Romanos 15:18-25, onde o apóstolo Paulo afirma que “sempre foi minha ambição pregar o Evangelho onde Cristo não era conhecido”, o pastor lembrou que ainda há 3 bilhões de pessoas que ainda não ouviram falar de Jesus, de acordo com o grupo de pesquisa Joshua Project.
David explicou que o termo “não alcançado” não se refere a pessoas incrédulas, mas àquelas que não possuem acesso ao Evangelho.
“As pessoas estão tão perdidas em Kentucky e nos lugares onde a maioria de nós mora quanto no Iêmen. A diferença é que existem igrejas em Kentucky e em todos os lugares onde a maioria de nós vive”, afirmou o líder.
“Há mais cristãos nesta sala agora do que em todo o Iêmen. E o Iêmen tem 30 milhões de pessoas. O que significa que se você é um desses iemenitas, sofrendo e morrendo de fome agora no meio da guerra civil, a probabilidade é que você nasça, viva e morra sem sequer conhecer um cristão ou ouvir o Evangelho”, acrescentou.
Para Platt, muitas igrejas estão ignorando os povos não alcançados, embora os cristãos americanos doem bilhões de dólares às missões.
“Nossas igrejas estão praticamente ignorando os três bilhões de pessoas que mais precisam do Evangelho. Aproximadamente 99% das doações de missões vão para pessoas e lugares no mundo que já têm acesso ao Evangelho”, revelou o pastor.
Segundo David, as igrejas devem investir e se comprometer mais com os recursos destinados à evangelização dos não alcançados.
“Se não estamos vivendo e morrendo para fazer discípulos em nações não alcançadas, então estamos desobedecendo a Grande Comissão e desconsiderando o objetivo de Deus. A ordem específica que Jesus nos deu de fazer discípulos entre todos os povos do mundo”, ressaltou.
O líder observou que, embora nem todos cristãos são chamados para atuarem como missionários, “todos nós, fomos comissionados por Deus para viver, dar, trabalhar e orar e morrer com zelo para ver discípulos feitos e igrejas multiplicadas e a glória de Deus desfrutada e exaltada entre todas as nações”.