Um terço da humanidade não tem acesso ao Evangelho, alerta missiologista

Marv Newell, missiologista da organização Missio Nexus, diz que é preciso fazer esforços para levar as Escrituras aos povos não alcançados.

Fonte: Guiame, com informações do Mission Network NewsAtualizado: quarta-feira, 9 de dezembro de 2020 às 12:34
Família da tribo pashtun em sua casa em Cabul, no Afeganistão. (Foto: Bethann Hunt/USAF)
Família da tribo pashtun em sua casa em Cabul, no Afeganistão. (Foto: Bethann Hunt/USAF)

Quando se vive em uma nação como o Brasil, o segundo país no mundo com o maior número de cristãos, é difícil imaginar a vida sem acesso ao Evangelho. Mesmo com o avanço tecnológico e aplicativos da Bíblia, milhões de pessoas desconhecem as Boas Novas de Cristo.

“Um terço da humanidade não tem acesso ao Evangelho e queremos fazer algo a respeito”, diz Marv Newell, missiologista da organização Missio Nexus, ao site Mission Network News.

Em geral, as organizações missionárias definem nações e comunidades como “povos não alcançados” quando menos de 2% da população é cristã e não há Bíblia disponível no idioma local. 

Sendo assim, o que torna um grupo de pessoas “não alcançado” é o critério dos “três nãos”, explica Newell. “Estamos falando de lugares onde não há igrejas, nem Bíblia e nem crentes”, pontua.

Tendo isto em mente, o missiologista alerta: “Talvez a palavra ‘não alcançado’ esteja chegando ao ponto em que as pessoas são muito vagas sobre o que significa”.

“Infelizmente, as testemunhas do Evangelho não podem ter acesso livre a essas pessoas. É por isso que um terço da humanidade ainda não tem ideia do que é o Evangelho”, acrescenta.

Mudar a maneira como as organizações falam sobre UPGs torna mais fácil para os crentes em todos os lugares ajudarem a alcançá-los. Simplificando, uma porção significativa das pessoas feitas à imagem de Deus não tem como conhecê-lo, diz Newell.

Newell identifica três razões pelas quais alguns grupos de pessoas permanecem não alcançados:

1. São difíceis de encontrar: Os evangélicos podem negligenciar esses grupos porque eles estão inseridos em uma comunidade maior de pessoas não alcançadas. Os surdos, por exemplo, se enquadram nesta categoria; já que a comunidade “ouvinte” ao redor pode ter acesso ao Evangelho, mas não há Bíblias na língua de sinais local.

2. São cercado pela religião: Da mesma forma, alguns grupos de pessoas permanecem não alcançados porque estão “isolados” pela religião da comunidade. “Eles estão tão isolados em sua experiência religiosa que se contentam com ela, mas não conhecem a verdade do Evangelho”, diz Newell sobre grupos como muçulmanos, hindus e budistas.

3. São difíceis de alcançar: Esses grupos de pessoas permanecem não alcançados devido ao ambiente geográfico ou geopolítico. Em alguns países, “o Evangelho não pode nem mesmo ser mencionado”, diz Newell. “Estamos falando de lugares como Iêmen, Arábia Saudita, Coreia do Norte, Afeganistão”.

A Missio Nexus faz parte da Alliance for the Unreached (Aliança Pelos Não Alcançados, em tradução livre), uma coalizão de ministérios que atua para tornar o Evangelho acessível a todos.

São mais de 40 organizações unidas em torno da causa, segundo Newell. “Se reunirmos nossos recursos, esperamos conseguir fazer alguns trabalhos de evangelismo nessas áreas”.

Newell lembra que o “ide” não é um chamado apenas para organizações missionárias, mas para todo cristão. “Até mesmo a igreja como um grupo, pode estar envolvida e pode fazer algo a respeito”, afirma. “Precisamos levar o Evangelho ao último terço da humanidade que não tem acesso”.

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