Cristãos são perseguidos por extremistas e governo em Moçambique

Entenda as consequências da insurgência islâmica para os seguidores de Jesus.

Fonte: Guiame, com informações de Portas AbertasAtualizado: quinta-feira, 29 de maio de 2025 às 15:42
A igreja localizada na aldeia atacada. (Foto: Portas Abertas)
A igreja localizada na aldeia atacada. (Foto: Portas Abertas)

Desde 2018, uma onda de violência propagada por grupos extremistas islâmicos invadiu a região norte de Moçambique e ceifou a vida de centenas de pessoas. Os radicais destroem tudo por onde passam sob o pretexto de implantar um governo baseado na sharia (conjunto de leis islâmicas). Assim, os cristãos são considerados inimigos, que devem ser destruídos, assim como suas comunidades e igrejas. 

Em janeiro de 2024, o Estado Islâmico criou a campanha contra cristãos chamada: “Mate-os onde quer que os encontre”. Os extremistas foram encorajados a assassinar os seguidores de Jesus e isso resultou em ataques generalizados no país. Algumas imagens de mortes e propriedades destruídas foram veiculadas na revista semanal do grupo extremista, chamada Al-Naba. 

Os pastores Antônio* e Paulo* viram tudo mudar com a chegada dos insurgentes islâmicos na província de Cabo Delgado do Norte. 

“Antes daquele primeiro ataque, a vida estava boa. As relações entre cristãos e muçulmanos eram boas. Vivíamos como amigos nas mesmas comunidades”, testemunha o pastor Paulo.

‘Os sobreviventes foram obrigados a fugir’

Os soldados do grupo extremista não eram pessoas desconhecidas, alguns homens viviam na aldeia e outros eram filhos de vizinhos, que o pastor viu crescer. Eles se desiludiram com promessas vazias de ter trabalho esperança no futuro e buscam ascender na vida por meio do radicalismo religioso.

Em resposta à ascensão de grupos extremistas, o governo moçambicano restringiu a liberdade religiosa dos cristãos e limitou a educação cristã e as expressões públicas de fé. 

Além disso, muitas comunidades cristãs estão em meio aos conflitos entre as forças governamentais e os jihadistas. O resultado de tamanha violência é que os sobreviventes foram obrigados a fugir de suas casas e comunidades. 


Apesar de viver os desafios de estar deslocado, o pastor Paulo continua seu ministério em Moçambique. (Foto: Portas Abertas)

Apesar de enfrentar perseguição, os cristãos do Norte de Moçambique se mantêm firmes em Jesus. “Ore para que Deus aumente nossa fé e compreensão de sua Palavra para que possamos ensiná-la aos outros”, pede o pastor Paulo.

Os cristãos sobreviventes de ataques extremistas procuram igrejas locais para socorrê-los. Mas muitas comunidades de fé não têm preparo e nem recursos para isso. Faça uma doação e capacite igrejas moçambicanas para apoiar e treinar nossos irmãos na fé.

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