Os pastores Robert Bwenje, de 28 anos e Ambrose Mugisha, de 25, ambos da Igreja Pentecostal Elim, participaram de um debate entre cristianismo e islamismo, no dia 6 de julho. Após o debate, oito muçulmanos — entre eles duas mulheres — aceitaram a Cristo como salvador.
“Isso irritou os muçulmanos, mas eles não puderam nos atacar porque tínhamos uma forte segurança da polícia”, disse Mugisha ao contar que houve uma emboscada enquanto eles voltavam para casa.
“Vimos homens vestidos com trajes islâmicos vindo do mato, de diferentes direções e gritando 'Allahu Akbar’ [Alá é maior, em árabe]”, explicou o pastor Mugisha ao Morning Star News.
Sobre o ataque
Os extremistas abordaram os dois pastores com violência, queimando suas Bíblias e depois espancando-os com paus.
“Consegui identificar um deles. Seu nome Ashirafu Kasamba e ele fez um corte na minha cabeça. Eu consegui pular na água e nadei até atravessar para o outro lado”, relatou ao dizer que identificou também outro agressor, Kabagambe Kadiri.
Mugisha foi encontrado sangrando e algumas pessoas o resgataram. Mas ele revelou que os agressores continuaram atacando Bwenje e depois fugiram.
Os dois foram levados a uma clínica próxima para receber os primeiros socorros e depois para um hospital em Kiboga.
Ameaças de muçulmanos
O pastor Godfrey Ssemujju, que trabalha na mesma igreja, disse que visitou Mugisha e Bwenje, no hospital, no dia 10 de julho. “Bwenje não suportou os ferimentos profundos na cabeça e nós o enterramos em 12 de julho”, lamentou o pastor que relatou o incidente na delegacia de polícia central de Kiboga.
Kasamba foi preso e acusado de homicídio, disse ele. “A polícia está em busca dos outros agressores”, continuou o pastor.
“Pedimos orações pela segurança dos membros da nossa igreja, pelo nosso templo e pela recuperação de Mugisha. Também temos que apoiar a viúva de Bwenje e pagar as despesas do hospital”, disse ainda.
Enquanto isso, os muçulmanos continuam fazendo ameaças por telefone, dizendo que “eles querem de volta os muçulmanos que foram convertidos ao cristianismo”. Os extremistas acreditam que eles estão sendo escondidos pela igreja.
Outros pastores da mesma região estão sendo ameaçados pelos muçulmanos, que exigem que os cultos nas igrejas sejam interrompidos. Não há limites para as intimidações, pois até jovens, crianças e mães que amamentam estão sendo perseguidos pelos extremistas.
A constituição de Uganda e outras leis prevêem a liberdade religiosa, incluindo o direito de propagar a própria fé e também de se converter de uma fé para outra. Os muçulmanos não representam mais de 12% da população de Uganda, mas eles têm sido uma minoria intolerante e extremamente violenta.