Nascido homem, William Thomas que é natural de Austin, no Texas (EUA), agora conhecido como “Lia Thomas” — nome adotado após ter feito a transição de gênero — criticou as mulheres que defendem que “apenas meninas podem competir nos esportes femininos”.
O homem biológico era nadador e na temporada 2018-2019, ao competir na equipe masculina, classificou-se em 554º lugar nos 200 metros livres, 65º nos 500 metros livres e 32º nos 1650 metros livres.
Para efeitos de comparação, quando começou a competir na equipe feminina como “mulher”, na temporada 2021-2022, essas classificações subiram. Nos 200 metros livres, Lia Thomas conquistou o 5º lugar.
Agora, porém, a atleta trans diz que não se sente respeitada entre as mulheres: “Estão usando o disfarce do feminismo para promover crenças transfóbicas. Acho que muitas pessoas nesse campo carregam um preconceito implícito contra pessoas trans, mas não querem, eu acho, manifestar ou falar disso completamente”.
Vale lembrar que, além de quebrar os recordes femininos, Lia Thomas também causou polêmicas quando se despiu dentro do vestiário feminino e as mulheres reclamaram pela exposição de suas genitálias.
‘Lei que proíbe homens biológicos em competições femininas’
As queixas de Lia Thomas surgiram quando 16 atletas escreveram uma carta para a escola dizendo que achavam injusto que Thomas estivesse competindo na divisão feminina, de acordo com a Fox News.
“Eles pensam sobre como o 'feminismo' distorcido se tornou seus argumentos. Para excluir alguém da categoria trans, você tem que reduzir as mulheres à capacidade reprodutiva, o que é, na minha opinião, extremamente antifeminista”, defendeu Schuyler Bailar, outro nadador trans.
Sobre a polêmica de atletas transgêneros nos esportes, Lia Thomas tentou justificar: “Não fui eu pessoalmente que desencadeei isso. Eles só estavam esperando que uma mulher trans fosse bem-sucedida para fazer todo um discurso contra as pessoas trans e aprovar todo tipo de legislação”.
A Câmara dos EUA aprovou no dia 20 de abril uma legislação destinada a impedir homens biológicos de competir como atletas transgêneros nos esportes femininos em escolas de todo o país.