Cristãos do Iraque se uniram recentemente aos combatentes milicianos do e às forças do governo iraquiano em um esforço para expulsar o Estado Islâmico do território do norte, incluindo a cidade de Mosul.
A Unidade de Proteção da Planície de Nínive (NPU) - formada há dois anos na sequência do aumento da perseguição promovida pelo Estado Islâmico contra cristãos no norte do Iraque - trabalha em conjunto com o Governo Regional do Curdistão iraquiano para combater os militantes do grupo terrorista.
"Estamos atualmente com 600 combatentes treinados e mais jovens cristãos estão prontos para se juntar a nós", disse o comandante da unidade militar cristã, Sefa Ilyas Checo ao site 'Voice of America'. "Estamos prontos para lutar contra o Estado Islâmico dentro da cidade de Mossul".
O meio de comunicação acrescentou que a maioria a NPU tem grande aceitação em Mosul, uma cidade do norte do Iraque, com significativa herança cristã e foi tomada pelo Estado islâmico em 2014.
O principal objetivo do grupo militante cristão, segundo o 'Voice of America', é expulsar o Estado Islâmico de cidades como Mosul.
Outro grupo que tem se preparado para combater a organização terrorista é 'Sons of Liberty' ('Filhos da Liberdade'). O grupo tem sede nos EUA e tem treinado com os membros da NPU desde Dezembro de 2014.
Matthew VanDyke, que supervisiona o 'Sons of Liberty', disse ao 'Christian Post' em uma entrevista no ano passado que seu objetivo é treinar NPU para defender sua terra (Mosul) do terror promovido pelo Estado islâmico.
"O objetivo da NPU está além de apenas lutar contra o Estado Islâmico", disse VanDyke ao 'Christian Post', em abril de 2015. "Não é apenas um projeto a curto prazo. Eles esperam se tornar uma força de segurança para a sua região a partir de agora, e conseguir provar ao seu povo que eles estarão seguros, que eles podem permanecer no país e que o Cristianismo pode sobreviver no Iraque".
As forças iraquianas tentaram recuperar várias regiões do controle do Estado islâmico, incluindo a cidade central de Ramadi, que foi recuperada com sucesso pelas tropas do governo no ano passado após uma ocupação de sete meses pelo grupo terrorista.
Apesar da recente vitória, alguns líderes militares norte-americanos mantiveram-se céticos com relação à capacidade do Iraque em recuperar mais cidades que estão sob controle do Estado Islâmico.
O tenente-general dos fuzileiros da Marinha norte-americana, Vincent Stewart sugeriu que a retomada de Mosul será uma "operação mais complexa" em comparação com a retomada de Ramadi.
O líder militar insiste que uma operação em Mosul provavelmente pode levar mais de um ano.
"Mosul será uma operação complexa. ... Eu não estou tão otimista de que nós vamos ser capazes de transformar este quadro em um curto prazo, a meu ver, certamente não neste ano", disse Stewart durante uma reunião do Comité de Serviços Armados do Senado em fevereiro .
"Nós podemos começar a campanha com algumas operações de isolamento em torno de Mosul", disse ele. "Mas garantir a retomada de Mosul é uma extensa operação".
Embora Stewart tenha fornecido uma perspectiva 'pessimista' para o futuro de Mosul, as forças iraquianas têm recebido elogios por seu sucesso contínuo em manter o Estado Islâmico fora de Ramadi.
"O que vocês conhecem, em última análise, quando se fala agora no Daesh (outro nome dado ao Estado Islâmico) está sendo atingido em muitas frentes. Eles simplesmente não são capazes de lidar com o nível de evolução, profissionalismo e capacidade que que se vê nas forças militares dos iraquianos", disse o tenente-coronel dos EUA, Joe O'Callaghan, que supervisiona uma força-tarefa norte-americana no norte do Iraque, em uma entrevista ao 'Wall Street Journal'.
Apesar do sucesso em manter os terroristas fora de Ramadi, a Organização das Nações Unidas apelou aos poderes internacionais para fazer mais para ajudar o Iraque a manter a estabilidade e lutar contra o Estado islâmico.
Lise Grande, que serve como coordenadora humanitária da ONU no Iraque, disse recentemente à Reuters que o Iraque precisa de milhões de dólares a mais para manter uma infra-estrutura sólida.
"Nós sabemos que o governo tem sido colocado contra a parede em questões fiscais. A fim de estabilizar áreas e ajudar as famílias deslocadas a voltarem para suas terras, nós temos que fazer mais", disse Grande, apontando para diminuição dos preços de petróleo do país e os recursos minados.