No último sábado (13), o ex-presidente e atual candidato republicano à presidência dos EUA, Donald Trump, sofreu um atentado a tiros durante um comício na cidade de Butler, na Pensilvânia.
No momento do incidente, Trump foi rapidamente retirado do palco pelo Serviço Secreto americano, exibindo sinais de ferimento após ser atingido de raspão na orelha, com sangue visível.
De acordo com as autoridades, o ataque provocou a morte de um homem; outras duas pessoas haviam sido atingidas pelos tiros e foram hospitalizadas, ambas em estado crítico.
A vítima fatal era o bombeiro voluntário Corey Comperatore, de 50 anos. Falando a repórteres ao norte de Pittsburgh, o governador da Pensilvânia, Josh Shapiro, disse que conversou com a esposa e as duas filhas de Corey.
“[Ele] ia à igreja todo domingo. Corey amava sua comunidade. Mais especialmente, Corey amava sua família”, disse o governador democrata, em uma coletiva de imprensa no domingo.
Cristão devoto
Uma das filhas, Allyson disse que seu pai “era um homem de Deus, amava Jesus intensamente e também cuidava de nossa igreja e de nossos membros como família”.
A postagem no Facebook circulou pela Internet no domingo, onde ela chamou o evento de "um pesadelo da vida real".
“O que deveria ser um dia emocionante que todos nós esperávamos (especialmente meu pai), se transformou nas experiências mais traumatizantes que alguém poderia imaginar”, ela escreveu.
Allyson chamou seu pai de “o melhor pai que uma garota poderia pedir”.
“A mídia não vai te contar que ele morreu como um super-herói da vida real. Eles não vão te contar o quão rápido ele jogou minha mãe e eu no chão”, relatou Allysson.
“Eles não vão te dizer que ele protegeu meu corpo da bala que veio em nossa direção. Ele amava sua família. Ele realmente nos amou o suficiente para levar uma bala de verdade por nós. E eu não quero nada mais do que chorar por ele e dizer obrigada. Eu não quero nada mais do que acordar e que isso não seja realidade para mim e minha família”, ela disse.
‘Morreu como herói’
Corey era um "pai de menina" e trabalhava como bombeiro, disse o governador Shapiro durante uma coletiva de imprensa no domingo, ressaltando que ele "amava sua família".
“Perguntei à esposa de Corey se seria ok para eu compartilhar que conversamos. E ela disse que sim”, disse Shapiro.
“Ela também pediu que eu compartilhasse com todos vocês que Corey morreu como um herói. Que Corey mergulhou em sua família para protegê-los ontem à noite neste comício. Corey foi o melhor de nós. Que sua memória seja uma bênção."
O governador acrescentou que Corey era “um ávido apoiador do ex-presidente e estava muito animado por estar lá ontem à noite com ele na comunidade”.
As bandeiras estarão hasteadas a meio mastro no estado após a tragédia, disse Shapiro.
Tragédia nas arquibancadas
Corey era chefe do Buffalo Township Volunteer Fire Department, localizado a aproximadamente 30 minutos ao nordeste de Pittsburgh.
Seus perfis no LinkedIn e no Facebook indicam que ele também trabalhava como engenheiro de projetos e ferramentas na JSP, uma empresa de manufatura.
Em uma postagem no Facebook antes do tiroteio, feita no sábado Por Helen, esposa de Corey, ela disse que a família não estava sentada inicialmente nas arquibancadas atrás do ex-presidente.
Ela escreveu que só passaram para as arquibancadas quando um oficial da campanha abordou a família e perguntou se eles queriam se sentar atrás de Trump.
‘Ore por nossa família’
Dawn Comperatore Schafer, identificada como irmã de Corey, postou no Facebook no domingo que o bombeiro "foi um herói que protegeu suas filhas. Sua esposa e filhas simplesmente viveram o impensável e o inimaginável. Meu irmãozinho acabou de fazer 50 anos e ainda tinha muita vida para experimentar.”
“O ódio por um homem tirou a vida do homem que mais amávamos”, ela disse.
“O ódio não tem limites e o amor não tem limites. Ore por minha cunhada, sobrinhas, minha mãe, irmã, eu e seus sobrinhos e sobrinhas, pois isso parece um pesadelo terrível, mas sabemos que é nossa dolorosa realidade.”