O discurso contra o aborto de um homem, que nasceu fruto de um estupro e foi adotado, está emocionando a web.
Durante a Marcha pela Vida em Washington, Estados Unidos, em 20 de janeiro, Mark Roepke contou seu testemunho e defendeu o direito à vida de todo o ser humano.
Em 1970, sua mãe, com apenas 14 anos, foi violentada sexualmente em uma festa do feriado americano de 4 de julho.
A adolescente manteve a gestação e colocou o bebê para adoção. Assim, Mark foi adotado por uma família cristã, que o criou com todo amor e cuidado.
Quando Mark estava no Ensino Fundamental, ele ouviu a palavra aborto pela primeira vez através de um colega mais velho, na escola.
Sem saber o significado da palavra, o garoto perguntou ao pai o que era aborto. “Na noite que ele me explicou o que era eu dormi muito mal. Porque eu cresci numa fazenda onde fazíamos de tudo para salvar cada animal nascido naquela fazenda”, declarou Mark no discurso.
“E saber que as pessoas estavam matando seus filhos porque eram inconvenientes me deixou horrorizado. E daquele dia em diante me tornei um pró-vida”.
O ativista antiaborto enfatizou o direito de todo ser humano estar vivo, independente de sua história.
“As circunstâncias de minha concepção não determinam meu valor como ser humano. Eu sou pró-vida por toda a vida. Deus abençoe a todos e obrigado por terem vindo”, concluiu Mark, emocionado.
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A Marcha pela Vida, que acontece todos os anos, levou milhares às ruas de Washington a marcharem contra o aborto, no dia 20 de janeiro
Esta foi a primeira realizada após a Suprema Corte americana derrubar, em junho de 2022, o dispositivo Roe vs. Wade, a lei pró-aborto que vigorava há 49 anos no país.
“O movimento pró-vida acaba de obter uma grande vitória na queda de Roe v. Wade, mas nosso trabalho para construir uma cultura de vida está longe de ser concluído”, disse Jeanne Mancini, chefe do ‘March for Life's Education and Defense Fund’, à CNN.
Leis pró-vida diminuem abortos
Nos Estados Unidos, após a derrubada do direito ao aborto pela Suprema Corte, mais de 175 mil abortos foram evitados, segundo o grupo pró-vida Susan B. Anthony Pro-Life America.
Desde a decisão da Suprema Corte dos EUA, 14 estados americanos implementaram leis proibindo totalmente ou parcialmente a interrupção da gestação.
De acordo com estimativas do grupo pró-vida, a partir de 2 de dezembro de 2022, ocorreram 125.082 abortos a menos.