Grupo pró-vida alerta sobre risco de "turismo do aborto" financiado pela União Europeia

Uma proposta, apresentada no Parlamento Europeu, propõe auxílio financeiro para mulheres viajarem a países da Europa que permitem o aborto e interromperem a gestação.

Fonte: Guiame, com informações de ACI DigitalAtualizado: terça-feira, 16 de dezembro de 2025 às 15:02
Imagem ilustrativa. (Unsplash/Martin Baron).
Imagem ilustrativa. (Unsplash/Martin Baron).

A Federação Europeia One Of Us, um grupo formado por 50 ONGs pró-vida, alertou sobre o risco de “turismo do aborto” financiado pela União Europeia (UE) através de um projeto apresentado no Parlamento Europeu.

No dia 2 de dezembro, o Parlamento realizou uma audiência sobre a iniciativa europeia chamada “Minha Voz, Minha Escolha (MVMC)”, que propõe a criação de uma política para financiar abortos com os impostos dos cidadãos europeus.

A proposta prevê auxílio financeiro para mulheres viajarem a países da Europa que permitem o aborto e interromperem a gestação.

A Federação Europeia One Of Us divulgou um comunicado alertando sobre o risco que a iniciativa MVMC “representa para a democracia europeia”, criando um possível “turismo do aborto” no continente.

“O aborto não é uma questão que cabe à UE decidir, e financiá-lo através do orçamento europeu violaria a soberania nacional dos Estados-membros, além de contornar o atual quadro jurídico, causando danos significativos ao processo de construção da União”, afirmou o documento.

Aborto de bebês com deficiência

O grupo pró-vida observou que a proposta ainda facilitaria casos de aborto de bebês com deficiência, chamado de aborto seletivo. Se aprovada pelo Parlamento, a iniciativa reforçaria práticas eugênicas e violaria o Artigo 21 da Carta dos Direitos Fundamentais da UE, que proíbe a discriminação por motivo de deficiência.

“Em toda a Europa, as mulheres exigem apoio real à maternidade, não serviços de aborto financiados por instituições europeias”, declarou a One Of Us.

“A UE deve priorizar políticas que protejam as pessoas com deficiência e defendam a dignidade humana em todas as fases da vida", acrescentou.

A Federação pediu que às instituições europeias rejeitem a proposta pró-aborto e protejam a soberania democrática dos Estados-membros.

“A ideologia nunca poderá prevalecer sobre os Tratados Europeus, que dizem que assuntos relacionados à vida pertencem aos Estados-membros, não a Bruxelas", defendeu Tonio Borg, presidente da Federação Europeia One Of Us.

Proposta rejeitada por eurodeputados

Na audiência no Parlamento Europeu, vários eurodeputados expressaram preocupações jurídicas, éticas e sociais após a iniciativa ser apresentada por promotores. O projeto ainda será debatido em sessão plenária do Parlamento.

O eurodeputado de Luxemburgo, Fernand Kartheiser, apontou que a proposta é incompatível com os Tratados da UE. Ele afirmou que, se a Comissão Europeia levasse a iniciativa adiante, "estaria violando diretamente o direito europeu".

A eurodeputada Margarita de la Pisa, da Espanha, também condenou a iniciativa. “A MVMC é financiada por organizações que lucram com o negócio do aborto, como a Planned Parenthood. Os direitos das mulheres incluem a proteção da maternidade”, declarou.

Tomislav Sokol, eurodeputado croata, também se manifestou contra, enfatizando que o aborto "não faz parte dos direitos humanos" e que "nenhum tratado internacional reconhece o aborto como um direito, assim a União Europeia não pode financiá-lo".

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