Uma igreja eliminou quase US$ 2 milhões em dívidas médicas de cerca de 900 famílias em 14 municípios no estado de Maryland, nos Estados Unidos. Algumas das dívidas chegam a 100 mil dólares, enquanto outras não passam de 200 dólares.
Próximo ao Natal, os membros da igreja Revolution Annapolis começaram a angariar fundos para ajudar pessoas da comunidade local a se livrar da dívida médica.
Segundo o pastor Kenny Camacho, eles foram inspirados pelo caso de uma igreja no Texas que levantou fundos suficientes para eliminar as dívidas médicas de mais de 4 mil famílias no ano passado.
Em janeiro, a Revolution Annapolis fez uma doação de US$ 15 mil para a RIP Medical Debt, uma ONG que compra carteiras de dívidas médicas de provedores de serviços de saúde, perdoando as dívidas das famílias.
O valor de US$ 15 mil foi suficiente para eliminar não só a dívida das famílias de Annapolis, como também em 14 condados de Maryland.
“Conseguimos levantar US$ 15 mil e a ONG usou o valor para comprar US$ 1,9 milhão de dívidas em 14 municípios”, explicou Camacho ao The Christian Post.
O pastor ressaltou que o presente da dívida médica não exige vínculo à igreja. Ele não quer que os beneficiados sintam que continuam devendo algo.
“Acreditamos que esta é uma maneira prática e tangível de ajudar as pessoas — independentemente de serem ou não parte de uma igreja — a experimentar o perdão”, explicou Camacho. “Esta é a mensagem maior que gostaríamos de deixar às pessoas sobre o que significa ter dívidas perdoadas”.
Camacho acredita que as igrejas devem se esforçar para ser como “boas novas” dentro de suas comunidades locais e espera ver outras denominações arrecadarem fundos para ajudar suas regiões.
“As cidades que têm igrejas devem ser diferentes, porque há cristãos nessas cidades”, argumentou o pastor. “Queremos que Annapolis e Maryland pareçam diferentes porque estamos aqui. Achamos que essa é uma das maneiras pelas quais podemos fazer isso”.
A Revolution Church, uma igreja de cerca de 170 membros que se reúne em uma escola, agora visa construir uma aliança de igrejas locais e ONGs que trabalhem juntas para enfrentar a “escada da dívida” e perdoar dividendos diretamente dos hospitais.