“Não precisava de resposta, precisava da Presença”, diz Bill Johnson sobre luto

O pastor da Bethel Church, que perdeu a esposa há 3 anos, exortou os cristãos a louvarem a Deus quando situações inesperadas acontecem.

Fonte: Guiame Atualizado: sexta-feira, 12 de setembro de 2025 às 20:25
Bill Johnson. (Foto: Instagram/Global Awakening Brasil).
Bill Johnson. (Foto: Instagram/Global Awakening Brasil).

Bill Johnson, pastor da Bethel Church nos Estados Unidos, exortou os cristãos a louvarem a Deus quando situações inesperadas acontecem como perdas e dificuldades, durante ministração na Conferência Voz dos Apóstolos (VOA) em Sumaré (SP), nesta semana.

Johnson iniciou a pregação contando sobre uma experiência sobrenatural que teve em uma madrugada de 2020.

“Por volta de uma e meia da manhã, eu fui despertado com um pensamento. O Senhor já havia me acordado com a Sua voz. Mas naquela noite em particular foi totalmente diferente. Não foi uma palavra que veio até mim. Foi uma palavra que explodiu de dentro de mim. E a frase foi: ‘Uma cidade murada sem portões não está inteiramente a salvo’”, disse.

Logo depois da experiência, o pastor estudou o significado espiritual de portões na Bíblia. Bill explicou que a simbologia dos portões está relacionada com a presença de Deus.

“Por exemplo, o Salmo 24: ‘Levantai, ó portas, as vossas cabeças, para que entre o Rei da glória’”, citou.

Mencionando a passagem bíblica de Isaías 60:18, que diz “As tuas muralhas chamarás Salvação, e às tuas portas, Louvor”, o pastor ensinou que os portões representam proteção espiritual para a vida do cristão, assim como as portas protegiam as cidades de inimigos no tempo bíblico.

“Salvação é o que Ele provê para nós. Louvor é o que nós oferecemos a Ele”, declarou Johnson.

Portões formados na dor

O líder observou que Deus constroi portões na vida espiritual de seus filhos a partir das provações e aflições.

“Há ainda um versículo em Apocalipse 21 que me fascina, sobre a Nova Jerusalém: ‘As doze portas eram doze pérolas; cada uma das portas era feita de uma só pérola’. Um portão feito de uma única pérola não faz sentido… até que você se lembre de como as pérolas são formadas: através de irritação, de conflito”, afirmou.

“Assim também é com o portão do louvor. Ele é edificado no meio da dor. É esperado que demos graças quando conseguimos o emprego tão desejado, ou quando, após muitos anos de tentativas, finalmente ficamos grávidos, ou quando uma bênção alcança a nossa família. Pessoas que não têm relacionamento com Deus até dizem ‘graças a Deus’ quando algo bom acontece”, acrescentou.

Porém, segundo Bill Johnson, o cristão oferece uma adoração genuína quando louva a Deus em meio à aflição.

“Temos portões formados quando damos graças e louvor no meio de coisas que não esperávamos. É na perda que o portão é edificado. É na dificuldade que ele é formado. É no meio da perda que realmente se revela o louvor. A forma como eu navego no meu coração em meio à perda determina a medida futura de ganho que receberei”, destacou.

“Se consigo navegar em meio à crítica, posso ser confiado com a medida de afirmação que Ele quer derramar sobre a minha vida. Se consigo navegar em meio à traição, talvez eu possa ser confiado com a medida de amigos de aliança que Ele designou para mim.

Qualquer pessoa pode louvar a Deus quando algo bom acontece. Mas o portão que convida a presença é formado no conflito”.

Perda da esposa

Johnson, que perdeu a esposa Beni há três anos, revelou como eles louvaram ao Senhor mesmo lutando contra o câncer dela.

“Sentávamos na beira da cama, noite após noite, recitávamos a Palavra e dávamos graças pelos milagres que aconteciam. Muitas coisas maravilhosas aconteceram nessa estação”, lembrou ele.

“Como família, demos graças a Deus em meio à dor. Esperávamos que ela fosse curada até o outono daquele ano, mas ela faleceu em julho. Nossa primeira resposta foi levantar as mãos e dar graças: ‘Senhor, eu te exalto. O Senhor sempre é o que cura. Não deixou de ser o que cura quando minha esposa adoeceu. Não deixou de ser bom quando experimentamos a perda’”, testemunhou.

O pastor encorajou os cristãos a lembrarem da esperança eterna quando enfrentarem dificuldades.

“Todos nós já passamos pela dor e confusão. Às vezes nos perguntamos: ‘Por que aconteceu?’. Mas eu nunca perguntei ao Senhor o porquê. Isso pertence ao departamento Dele. Meu cérebro não doía, era o meu coração que doía. Eu não precisava de respostas, eu precisava da presença”, ressaltou.

“Por isso, eu decidi agarrar a dor, a perda e oferecer louvor a Ele. Porque no Céu não teremos a oportunidade de dar esse tipo de sacrifício. Só temos essa chance aqui”, declarou.

“A Voz dos Apóstolos” acontece até sábado (13), na Estância Árvore da Vida, em Sumaré (SP).

Idealizado por Randy Clark, fundador do ministério Global Awakening, o VOA nasceu nos Estados Unidos há 20 anos reunindo relevantes líderes da atualidade.

 O VOA chegou ao Brasil em 2021 e, desde então, tem atraído multidões que buscam não apenas uma conferência, mas uma verdadeira experiência de avivamento. A edição de 2025 promete quatro dias de imersão espiritual, com ativações proféticas, salas de cura, tempo intenso de adoração e conexões ministeriais.

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