Tribo indígena dos EUA proíbe missionário e exige registro prévio de ministérios

Um missionário foi proibido de entrar na tribo por distribuir um panfleto que “depreciava” a espiritualidade indígena.

Fonte: Guiame, com informações da AP NewsAtualizado: sexta-feira, 5 de agosto de 2022 às 10:54
Grupo Apache Dishchii' Bikoh', do Arizona. (Foto: Grand Canyon National Park/Wikimedia Commons)
Grupo Apache Dishchii' Bikoh', do Arizona. (Foto: Grand Canyon National Park/Wikimedia Commons)

Uma tribo nativa americana está exigindo que igrejas e missionários se registrem antes de entrar na Reserva Indígena Pine Ridge, em Dakota do Sul, depois de barrar um evangelista por distribuir um panfleto que “depreciava” sua espiritualidade.

A decisão da tribo Oglala Sioux foi aprovada no final de julho, como tentativa de diminuir a influência de ministérios cristãos nas tradições indígenas. 

A liderança da tribo insistiu que está aberta a todas as religiões, mas limitou sua decisão apenas a grupos missionários cristãos. Segundo a Associated Press, a restrição não se aplica a igrejas locais e ministérios administrados por membros tribais.

“A história de abusos das igrejas contra os povos indígenas causou um trauma geracional aos povos indígenas em todo o mundo”, afirmou o conselho da tribo em sua decisão.


Membros do conselho tribal Oglala Sioux em reunião. (Foto: Captura de tela/KOLC-TV)

A ação foi feita depois que o grupo Jesus is King Missions, de Dakota do Sul, fez um panfleto dizendo que Jesus era maior do que Tunkashila, um “ídolo demoníaco”, conforme mostra seu site. 

“Segundo a Bíblia, Jesus é o caminho, a verdade e a vida e ninguém vem ao Pai senão por Ele”, disse Michael Monfore, missionário do grupo. “Sei que isso pode não ser considerado politicamente correto, ou pode ser considerado intolerante e preconceituoso, mas foi o que Cristo disse.”

Monfore foi proibido pela tribo de entrar na reserva.

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