Ao participar de uma conferência sobre direitos ao aborto em Connecticut, EUA, a vice-presidente Kamala Harris expôs sua opinião favorável à interrupção da gravidez.
Harris estava ao lado da presidente da Planned Parenthood, Alexis McGill Johnson, e da deputada Jahana Hayes, que pressionou a vice de Joe Biden a explicar como uma pessoa pode apoiar o direito ao aborto, mesmo se suas crenças religiosas declarem o ato imoral.
"O que você diria para alguém que entende por que o aborto deve ser uma decisão pessoal entre uma grávida e qualquer outra pessoa que ela decida incluir na conversa, mas acredita que não pode conciliar isso com sua fé?", questionou Hayes, lendo uma pergunta da plateia.
"Esse é um ponto tão importante a ser levantado", respondeu Harris. "É uma escolha dela e deve ser sua escolha, se ela escolher uma consulta com um ente querido, com um profissional de saúde, com seu líder religioso".
"Eu digo isso: não é preciso abandonar sua fé ou suas crenças para concordar que o governo não deveria tomar essa decisão por ela", continuou ela. "É literalmente tão básico."
Aprovação de Biden
A declaração de Harris está alinhada a Biden em sua opinião favorável ao procedimento. Biden frequenta os cultos católicos, mas rejeita as doutrinas da Igreja sobre o aborto.
O presidente recebeu críticas por sua postura sobre o aborto no domingo, ao fazer um tuíte confuso sobre o assunto.
"Meu pai costumava dizer: 'Joey, não me compare com o Todo-Poderoso. Compare-me com a alternativa.' E aqui está o acordo: os democratas querem codificar Roe. Os republicanos querem uma proibição nacional do aborto. A escolha é clara", escreveu no Twitter.
Biden recebeu respostas contrárias à sua posição em favor do aborto sendo católico.
Tim Graham, editor executivo da Newsbusters, que escreveu em tom de zombaria: "Atualização da devoção católica".
Outro contraponto ao presidente americano, que assinou um decreto recentemente que facilita a viagem de mulheres para fazer aborto, veio do editor de notícias do Daily Caller, Grayson Quay.
"O Todo-Poderoso terá muito a dizer sobre sua disposição de facilitar o massacre em escala industrial dos nascituros para consolidar seu próprio poder político", tuitou Quay.