Kamala Harris afirma que ‘direito ao aborto’ é prioridade de sua campanha

Kamala Harris está no centro das atenções mundiais após o presidente dos EUA, Joe Biden, ter desistido de concorrer para seu segundo mandato à frente do país.

Além do apoio de Biden, Harris já conseguiu o endosso de nomes expressivos do Partido Democrata, como Hillary Clinton e da ex-deputada Nancy Pelosi à sua candidatura.

Nesta segunda-feira (22), a governadora do Michigan, Gretchen Whitmer, e o bilionário e governador de Illinois, J.B. Pritzker, que é um importante financiador do Partido Democrata, também anunciaram seu apoio à atual vice-presidente. Essa decisão fortalece a candidatura de Harris à Casa Branca.

‘Aborto é central’

Em seu primeiro discurso de campanha em Delaware, também na segunda-feira (22), Harris já se posicionou como a candidata definitiva dos Democratas.

Isso aconteceu apesar de a convenção do partido, que formalizará oficialmente o nome do candidato que concorrerá contra o republicano Donald Trump, ocorrer entre 19 e 22 de agosto.

Durante sua fala, Harris prometeu fazer da luta pelo direito ao aborto nos EUA uma parte central de sua campanha presidencial.

"Vamos lutar pela liberdade reprodutiva, sabendo que, se Trump tiver a chance, ele vai assinar a proibição do aborto para criminalizá-lo em todos os estados", disse a democrata em seu primeiro discurso de campanha após o presidente Joe Biden desistir da corrida eleitoral.

Ao longo de sua carreira política – como promotora distrital de San Francisco em 2003, procuradora-geral da Califórnia em 2011 e senadora pela Califórnia em 2017 – Harris se destacou como uma firme defensora dos direitos ao aborto.

Na vice-presidência, Harris assumiu o papel de porta-voz da causa do aborto, uma vez que Biden se apresenta como católico e declarou ser “não muito a favor do aborto” em junho do ano passado, após a decisão da Suprema Corte que derrubou a legislação federal estabelecida pelo caso Roe vs. Wade.

Em março, Harris visitou uma clínica da Planned Parenthood em Minnesota, marcando a primeira vez que um vice-presidente dos EUA em exercício faz uma visita desse tipo. A viagem fez parte de sua turnê por vários estados americanos para promover a pauta ideológica sobre os direitos ao aborto.