Fogo de Zeus: perseguição e profanação
O acendimento da chama olímpica foi realizado em 16 de abril, em cerimônia nas ruínas do templo de Hera, na cidade de Olímpia — palco dos jogos da antiguidade, na Grécia, repetindo um ritual que acontece há séculos.
Foi lá que se deu início à peregrinação da tocha olímpica, passando por quatro continentes, até chegar em Paris para o acendimento da pira, na abertura oficial dos Jogos, no dia 26 de julho.
O fogo da chama olímpica representa o fogo do altar de Zeus. Por que isto é significativo? Porque a chama deste altar tem a função de trazer de volta os poderes demoníacos que os ligavam a Antíoco Epifânio, um dos quatro generais de Alexandre, o Grande. Ele foi o responsável por profanar o Templo de Jerusalém com uma estátua de Zeus, no século II a.C., e oferecer sangue de porco no Santo dos Santos.
Alexandre foi um guerreiro e conquistador, estendendo o império grego por todo o mundo conhecido da época. Por onde passava, estabelecia o altar de Zeus. Nesses lugares, até hoje, existem forças antissemitas que contendem contra o plano da aliança de Deus.
As Olimpíadas e a falsa paz
Durante os jogos antigos, as guerras em andamento deveriam ser interrompidas para que todos pudessem participar, jogando ou assistindo, o que representava um período de paz para os povos, ainda que temporário.
Era uma falsa paz, por um período determinado, para oferecer sacrifícios a deuses pagãos e celebrá-los, antes que voltassem a se destruir mutuamente. Isso nos faz refletir sobre o anticristo e sua aceitação como falso salvador e reconciliador da humanidade.
Em determinado momento da cerimônia de abertura, em Paris, um cavaleiro com um cavalo branco apareceu cavalgando com a cabeça encapuzada e o rosto escondido, tendo estendido nas costas a bandeira olímpica por manto.
Ao fundo, estava a Torre Eiffel e dois chifres, envoltos pela escuridão da noite. O chifre também é um símbolo de poder. Foi uma clara menção a Apocalipse 19:11-13, em que Yeshua aparece como o Cavaleiro do cavalo branco, tendo sobre si um manto manchado de sangue, que vem para vencer seus inimigos e governar as nações.
O cavaleiro de Paris era seguido por uma multidão de pessoas empunhando bandeiras de todas as nações. Esse falso cavaleiro aponta para o anticristo e a falsa paz que trará sobre a Terra, o que será capaz de unir as nações sob sua liderança a fim de conduzi-las ao engano e à perdição.
O anticristo na cidade da paz
As Olimpíadas parecem ser o cenário perfeito para isso, onde os principados do mundo farão aliança entre eles para que todas as nações recebam o reinado do anticristo. Será um período de falsa paz, mas mergulhado em profundas trevas.
Arrisco dizer que esses jogos se darão em Jerusalém, cujo nome significa “cidade da paz”, e serão os últimos da presente era. Ali ele estabelecerá seu trono e a profanação do Templo do Senhor (a abominação prevista por Daniel, Jesus e Paulo) que já terá sido reconstruído nessa época, da mesma forma que Antíoco Epifânio profanou o segundo Templo para sacrificar a Zeus.
A história se repete e o mundo espiritual é imutável. Essa profanação permanecerá até a volta de Yeshua para redimir o remanescente de Israel, derrotar seus inimigos e estabelecer seu trono em Jerusalém, a cidade do Grande Rei, conforme profetizou Zacarias.
Ainda que Satanás, o inimigo de Deus, intente dominar sobre as nações, “do Senhor é a Terra e a sua plenitude, o mundo e todos os que nele habitam” (Salmo 24.1).
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Getúlio Cidade é escritor, tradutor e hebraísta, autor do livro A Oliveira Natural: As Raízes Judaicas do Cristianismo e do blog www.aoliveiranatural.com.br.
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