Israel celebra acordo de paz na Festa dos Tabernáculos, que aponta para a volta de Jesus

O povo israelense está comemorando o Sucot, a festa profética que aponta para a volta de Jesus, em meio ao acordo de cessar-fogo recém-assinado com o Hamas.

Fonte: Guiame, com informações de The Times IsraelAtualizado: sexta-feira, 10 de outubro de 2025 às 13:19
Milhares de judeus participaram da cerimônia de bênção sacerdotal no Muro das Lamentações. (Foto: Reprodução/YouTube/The Holy Land, by Zahi Shaked).
Milhares de judeus participaram da cerimônia de bênção sacerdotal no Muro das Lamentações. (Foto: Reprodução/YouTube/The Holy Land, by Zahi Shaked).

Milhares de judeus se reuniram em Jerusalém para celebrar a Festa dos Tabernáculos (ou Festa de Sucot), na última quinta-feira (9).

Uma multidão participou do 'birkat cohanim', a cerimônia de bênção sacerdotal no Muro das Lamentações, liderada pelo rabino-chefe Ashkenazi, Kalman Ber, e pelo rabino-chefe sefardita David Yosef.

Os judeus cantaram orações e responderam às bênçãos concedidas pelos rabinos. “Que Deus te abençoe e te guarde; que Ele faça Seu rosto brilhar sobre você e seja misericordioso com você; que o Senhor levante Seu rosto para você e lhe dê paz", cantaram.

Israel está comemorando a festa judaica em meio ao acordo de paz recém assinado com o Hamas. A primeira fase do acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza iniciou, o que pode representar um passo decisivo rumo ao fim da guerra na região.

A cerimônia de bênção sacerdotal contou com a presença de ex-reféns israelenses, familiares de reféns que ainda estão em cativeiro em Gaza, e familiares de Omer Neutra, que foi morto em 7 de outubro de 2023 e cujo corpo ainda está em poder do Hamas.

No evento, o rabino-chefe Ashkenazi, Kalman Ber, afirmou que tem esperança de que o restante dos reféns possam retornar a Israel antes do feriado de Simchat Torá, que este ano é comemorado na próxima terça-feira (16).

O Simchat Torá (Alegria da Torá) ocorre no oitavo dia após Sucot e é uma das festas mais alegres do calendário judaico, onde os judeus cantam e dançam com os rolos da Torá.

Reféns serão libertos

"Este ano, com a ajuda de Deus, em Simchat Torá, todos nós dançaremos com os reféns que estão vivos. Continuaremos a mesma tradição. Religiosos, seculares, todos nós nos alegraremos juntos”, declarou Kalman Ber, em um discurso emocionado no final da cerimônia.

Em 2023, o Simchat Torá caiu em 7 de outubro e foi escolhido pelo grupo terrorista Hamas para realizar o ataque contra Israel, que matou cerca de 1.200 israelenses e 251 foram sequestrados. 

Hoje, 48 reféns permanecem em Gaza, incluindo os corpos de pelo menos 26 mortos confirmados pelas Forças de Defesa Israelenses (IDF).

"Dois anos atrás, em Simchat Torá, em Kfar Darom, um homem chamado Amichai Yisrael Weizmann deixou [sua casa] para se juntar ao esquadrão de defesa de emergência", disse o rabino-chefe Ber. 

"Algumas horas depois, ele enviou uma mensagem para sua esposa e disse a ela que, apesar do momento difícil, Simchat Torá deveria continuar. Uma hora depois, ele não estava mais vivo”.

Já o rabino-chefe Yosef pediu que o povo israelense continue orando pela segurança dos reféns que serão libertados nos próximos dias.

"Todos nós ouvimos a notícia nas últimas horas e peço a todos aqui que continuem orando pelos reféns", afirmou.

"Eles ainda estão em grande perigo, ainda estão nas mãos do inimigo, continuem orando, até que todos, até que o último volte para sua casa, para uma vida boa e pacífica”.

Sobre o acordo de paz, um judeu americano que participou da cerimônia de bênção sacerdotal declarou ao The Times of Israel: “Isso é tudo pelo que temos orado, isso é tudo o que esperávamos. Espero que aconteça em breve”.

“É incrível estar aqui. É uma verificação da realidade de que esta é a nossa nação, este é o nosso lugar, e há uma grande bênção vindo diretamente dos céus para cada judeu", acrescentou.

Sucot aponta para a volta de Jesus

A Festa dos Tabernáculos tem um significado profético que aponta para a Segunda Vinda de Jesus, de acordo com o hebraísta Getúlio Cidade.

“É uma festa profética a ser cumprida em breve quando o Messias voltar para Jerusalém. É uma ‘santa convocação’ — literalmente: ensaio. Quando celebramos Tabernáculos, estamos ensaiando para o Reinado do Messias Yeshua”, explicou ele, em entrevista anterior ao Guiame.

A Festa dos Tabernáculos é uma das três grandes festas anuais ordenadas por Deus a Moisés para o povo de Israel, conforme Levítico 23.33-44.

Durante sete dias, o povo deveria habitar em pequenos tabernáculos ou tendas como memória de seus antepassados que viveram em tendas durante a travessia no deserto do Sinai. 

“Isso é cumprido até hoje por ser um ‘estatuto perpétuo’ por todas as gerações. Por isso, eles montam a sukkah, que é uma armação frágil de folhas e ripas de madeira, cobertas com galhos de plantas e árvores como a palmeira, normalmente com três lados fechados e um aberto”, comentou Getúlio. 

“Na tenda, os parentes e convidados são recebidos, compartilham-se refeições, conversas e orações, enfim, desfruta-se de tudo o que se faz em uma casa ou apartamento com a família e com os amigos. A diferença é que tudo é bem simples”.

Conforme o hebraísta, a festa bíblica é a última das festas de outono: “Ela aponta para a chegada do Messias para habitar entre nós ou ‘tabernacular’ como no original do Evangelho de João. As festas bíblicas são proféticas”.

“Além de ser uma festa que será obrigatória para todas as nações durante o milênio, conforme profetizado em Zacarias 14.16”, acrescentou.

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