Além de proibir os cristãos de construírem templos para a reunião dos fiéis, agora as autoridades, junto dos muçulmanos, também querem impedir os cristãos de realizarem cultos em seus próprios lares.
De acordo com a Morning Star News, um oficial local com o apoio de seguidores do islã, no domingo do dia 18 de junho, interromperam o culto em uma igreja doméstica nos arredores de Jacarta, na Indonésia.
Houve outro incidente semelhante com uma igreja doméstica na província de Java Central, que teve suas portas fechadas, conforme apontam os relatórios. Nessa província, um grupo de muçulmanos liderados por um funcionário do bairro interrompeu o culto de adoração de mulheres, em Tambun Selatan, Bekasi.
Os extremistas gritavam o slogan jihadista “Allahu Akbar [Alá é maior]” e bloquearam a entrada da suposta igreja colocando uma faixa sobre a porta afirmando que ela não tinha o direito de existir.
Imagens de vídeo mostraram um homem que dizia ser o funcionário do bairro usando linguagem dura contra uma mulher que tentava defender a irmandade. No vídeo, uma pastora mais tarde identificada como Elysson Lase tentou pacificar os manifestantes, dizendo-lhes que a congregação não construiu uma igreja e que estava apenas adorando em uma casa particular.
“Queremos realizar um culto de adoração. Devo pedir permissão a você para adorar quando quisermos realizar um culto?, ela o questionou.
‘Cristãos só querem adorar a Deus’
De acordo com a lei da Indonésia, não é necessário pedir permissão para a realização de cultos nos lares. A pastora afirmou que aqueles que estão exigindo isso são “pessoas sem escrúpulos”.
O Rev. Henrek Lokra da Comunhão das Igrejas Cristãs disse que a interrupção era ilegal e que o governo deveria tomar medidas duras e fazer cumprir a constituição contra tais atos de vigilância.
“Os cristãos não estão construindo igrejas, eles só querem manter sua rotina de adoração dominical. Se não for permitido, então para onde está indo este país?”, questionou o reverendo.
No dia seguinte às ações dos extremistas, o prefeito Gibran Rakabuming Raka, visitou o local com a polícia e ordenou que seus funcionários retirassem as faixas.