Jim Domen nasceu num lar cristão. Seu pai era policial e sua mãe bibliotecária. Ele conta que se sentia muito amado, mas se achava diferente por não agir como os outros meninos que gostavam de esportes e garotas.
Em vez disso, Jim se interessava por artes e design. Por ser criativo, ele notava coisas que os outros meninos não notavam. Porém, quando chegou ao 7º ano de seus estudos, começou também a sentir atração por meninos.
Ele lembra que não tinha um bom relacionamento com o pai. “Ele nunca me machucou e nunca me abusou de forma alguma. Era um bom homem, um bom policial e uma pessoa justa”, disse ao destacar que isso não foi o bastante para um relacionamento entre pai e filho.
“Acho que sou homossexual”
“Tivemos alguns bons momentos juntos, mas é importante observar que fazer coisas divertidas não substituem o que se deve fazer para construir um relacionamento saudável”, disse.
Enquanto Jim crescia, crescia também a atração por pessoas do mesmo sexo. “Porém, até o pensamento de ‘ser gay’ era algo repugnante para mim”, confessou.
Até que, um dia, Jim decidiu conversar com seus pais sobre suas lutas internas. “Acho que sou homossexual”, ele começou. O pai perguntou há quanto tempo ele estava lidando com aqueles sentimentos e ele disse que “há alguns anos”.
Ao ouvir isso, o pai que nunca chorava, chegou a soluçar incontrolavelmente. O silêncio foi constrangedor e ninguém voltou a falar sobre o assunto, mesmo depois de alguns anos.
“Perdido, deprimido e mais solitário do que nunca”
Até seus 23 anos, Jim nunca havia se manifestado de forma homossexual, até decidir viver o “estilo de vida gay”. Ele disse que “no começo foi divertido”, mas depois de 5 anos chegou ao fundo do poço.
Jim se descreveu como “perdido, deprimido e mais solitário do que nunca”. Ele teve um parceiro sexual que acabou o abandonando e levando todo o seu dinheiro. Sem nada, Jim decidiu voltar para casa.
“No dia 8 de junho de 2002, ouvi a voz de Deus me dizendo para voltar para Ele”, contou Jim ao dizer que perdeu todos os seus bens materiais, mas não o relacionamento com o Pai.
“Deus nunca me deixou”
Jim revelou que Deus mudou sua vida. “Eu me deitei no chão e disse: Deus, eu sou seu de novo”, lembrou. Ele disse que, ao agir assim, sentiu que Deus nunca o havia abandonado.
“Ele nunca me deixou. Ele continuou a falar comigo”, disse ao contar também que sua família o recebeu de braços abertos e o ajudou a encontrar a cura.
Ao entregar a vida a Jesus, as coisas mudaram completamente. Jim explicou que seus olhos se abriram e ele percebeu que sua identidade estava em Deus e não em sua opção sexual.
“Sua tentação não precisa ser a sua identidade e isso serve para qualquer pessoa. Não importa qual seja a sua tentação, você não precisa se identificar de acordo com ela.
Jim conta que “sua fome” pelas Escrituras se tornou insaciável. Atualmente, ele frequenta uma igreja, lê a Bíblia e afirma ter encontrado a paz e o amor que tanto procurava.
Ele também voltou para a faculdade e concluiu seu mestrado em divindade. Foi na faculdade que Jim conheceu sua futura esposa, Amanda. Eles se apaixonaram, se casaram e agora têm três filhos.
Em sua caminhada de fé, Jim fundou a Church United com o objetivo de moldar a cultura moral das comunidades na Califórnia. Ele conta que sua estratégia é treinar e equipar pastores para serem transformadores de cultura.
Os pastores, então, saem “em chamas” para pregar sobre Jesus com ousadia e para falar sobre a cosmovisão bíblica em suas congregações.
Um alerta aos pais
Hoje em dia, Jim incentiva os pais a não desistirem dos filhos que lutam contra a atração por pessoas do mesmo sexo. Ele diz que é fundamental encontrar o equilíbrio entre permanecer firme em suas crenças cristãs e amar incondicionalmente os filhos.
“Seu filho pode estar ferido de maneiras que você talvez não seja capaz de ver. A expressão dessa mágoa pode se manifestar de maneiras muito dolorosas para alguém suportar”, explicou.
“Entregue-se aos braços de Jesus e incline-se ainda mais para Ele. Só quando você fizer isso, você terá o amor que precisa para oferecer ao seu filho”, continuou.
Jim disse que acredita que o poder de um pai e uma mãe que ora pode mover montanhas. Ele terminou de escrever um livro sobre sua história, onde destacou que sua mãe nunca deixou de orar por sua vida.