O estudante Bal Kama foi homenageado pela rainha da Inglaterra, Elizabeth II, com o Prêmio Jovem do Ano do Pacífico por seus esforços em oferecer bolsas de estudo a adolescentes de aldeias remotas em Papua Nova Guiné.
O jovem é aluno de doutorado da Faculdade de Direito da Universidade Nacional da Austrália e membro da igreja adventista Nacional de Camberra. Kama foi anunciado como o ganhador regional do Prêmio Jovem 2016 por sua excelência no trabalho de desenvolvimento da Commonwealth. Realizada em Londres, a cerimônia aconteceu no mês passado com a presença da Rainha.
“É um grande privilégio receber este reconhecimento da Secretaria da Commonwealth”, afirmou Kama em declaração à universidade. “Quero também reconhecer os muitos outros jovens do Pacífico que também iniciam mudanças positivas nas comunidades carentes, mas resilientes”, disse.
Pessoas com menos de 30 anos são reconhecidas por essas distinções anuais que têm contribuído de forma significativa para o desenvolvimento da sociedade e atrai cerca de 300 inscrições de todo o Commonwealth, uma associação de 53 países, em sua maioria ex-colônias britânicas nas quais vivem mais de dois milhões de pessoas.
Oportunidades
A Fundação de Bolsas de Estudo Kama oferece o beneficio a adolescentes que se destacam em três áreas: liderança, acadêmica e disciplina. Kama explica que entre 75% a 80% delas são conferidas a mulheres. “Há uma mudança de motivação e de valores, visto que as famílias agora estimulam as meninas além dos meninos”, comentou.
É oferecido pela entidade recursos às instituições educacionais. Ela também ajudou algumas a oferecerem cursos de computação pela primeira vez. Também realiza campanhas de conscientização quanto à saúde, apresentando temas de higiene e do estilo de vida, e trabalha para que os jovens carentes abandonem as drogas, o crime e outros desafios sociais.
Outro ponto importante a ser abordado é que os estudantes de medicina australianos receberam o valor das viagens para aldeias remotas de Papua Nova Guiné em nome da Fundação para se juntarem aos médicos das aldeias a fim de oferecerem assistência e aconselhamento médico, em especial na área da saúde da mulher, que é um tema tabu em algumas regiões do país. De acordo com publicação, um dos objetivos de longo prazo da instituição é construir um centro de aprendizagem para deficientes na província de Simbu.