A rainha Elizabeth II morreu nesta quarta-feira (8), aos 96 anos, em seu castelo em Balmoral, na Escócia, onde estava de férias desde julho. O anúncio do falecimento foi dado pelas redes sociais da Família Real.
Elizabeth ocupou o trono britânico durante 70 anos e se consagrou com o reinado mais longo da história do Reino Unido.
No início desta manhã, o Palácio de Buckingham informou, através de um comunicado, que a equipe médica estava preocupada com o estado de saúde da rainha e que ela estava sob observação no castelo em Balmoral.
Assim que o comunicado foi feito, os membros da família real viajaram para para o local.
Em um dos últimos compromissos da rainha Elizabeth, ela enviou uma mensagem aos brasileiros, parabenizando pelos 200 anos de Independência do Brasil, na quarta-feira (7).
Na terça-feira (6), a monarca nomeou a nova primeira-ministra do Reino Unido, Liz Truss.
A Rainha Elizabeth II era conhecida por sua fé cristã. (Foto: Twitter/The Royal Family).
Fé cristã da Rainha mais admirada do mundo
A rainha Elizabeth era conhecida por sua fé cristã. Em mensagem aos bispos da Igreja Anglicana durante a Conferência de Lambeth, em agosto, a monarca declarou que os ensinamentos de Jesus guiaram sua caminhada.
“Ao longo da minha vida, a mensagem e os ensinamentos de Cristo foram meu guia e neles encontro esperança”, afirmou.
O ex-capelão da rainha, Gavin Ashenden, revelou detalhes sobre o papel da fé cristã na vida de Elizabeth II, em um artigo publicado pelo Christian Today, em 2021.
“Há um estranho silêncio público sobre a fé da nossa rainha”, Ashenden observou.
“A vida, a atitude, a indomabilidade, a alegria e o vigor da rainha fluem diretamente de seu relacionamento com Jesus. A presença, o ensino e a graça de Jesus dão cor à sua personalidade e ao seu trabalho”.
Encontro com Billy Graham
Billy Graham com a Rainha Elizabeth II em 1989. (Foto: Billy Graham Evangelistic Association).
O ex-capelão da rainha, hoje um teólogo católico leigo, lembrou de influências importantes na vida cristã de Elizabeth II. Uma delas é o encontro com o falecido evangelista Billy Graham.
“Grande parte do país estava em estado de alerta quando Billy Graham veio aqui para realizar suas cruzadas. A rainha, por outro lado, o recebeu calorosamente e ficou totalmente à vontade com sua companhia e seu evangelismo”, disse Ashenden.
Ele lembrou ainda do comentário de Billy Graham ao descrever seu encontro com a rainha.
“Sempre a achei muito interessada na Bíblia e sua mensagem. Depois de pregar em Windsor em um domingo, eu estava sentado ao lado da rainha no almoço”, relatou em sua autobiografia.
“Disse a ela que tinha ficado indeciso até o último minuto sobre minha escolha de sermão e quase preguei sobre a cura do homem paralítico em João 5. Seus olhos brilharam e ela transbordou de entusiasmo, como poderia fazer na ocasião. 'Eu gostaria que você tivesse!', ela exclamou. 'Essa é a minha história favorita'”.
Influenciada pela fé dos pais
Outra influência apontada por Ashenden foram os pais da rainha. “Poucas pessoas sabem que era costume de sua mãe ler a Bíblia King James para as duas filhas todas as noites. Por meio da devoção e do dever de sua mãe, ela se familiarizou intimamente com as Escrituras”, disse ele.
O ex-capelão também comenta que partiu de Elizabeth, aos 13 anos, a iniciativa de dar um poema a seu pai, o rei George VI, para ser lido em sua transmissão de Natal de 1939, logo após o início da Segunda Guerra Mundial. O poema é intitulado "Deus sabe".
“Ela será celebrada e sempre lembrada como a inspiradora, admirável e sua mais cristã majestade, a Rainha Elizabeth II”, concluiu Gavin Ashenden.
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