Uma pesquisa recente, nos Estados Unidos, revelou que 26% dos pastores já enfrentaram doenças mentais.
Segundo o estudo da Lifeway, 17% afirmaram que foram diagnosticados e 9% não receberam diagnóstico médico, mas experimentaram dificuldades em sua saúde mental. Já 74% responderam que nunca lidaram com uma doença mental.
Em comparação com uma pesquisa anterior da Lifeway de 2014, a porcentagem de casos de líderes lutando com a saúde emocional permanece quase igual (23%). Mas, o número de pastores diagnosticados aumentou, na época, era 12%.
“Durante a pandemia do COVID-19, muitos americanos enfrentaram desafios à sua saúde mental”, explicou Scott McConnell, diretor executivo da Lifeway Research.
“Mais pastores hoje estão buscando ajuda profissional, como evidenciado por mais terem sido diagnosticados com doenças mentais. Pastores mais jovens [com menos de 45 anos] são os mais propensos a dizer que sofreram doenças mentais”.
O estudo também investigou a ocorrência de doenças mentais entre os membros das igrejas.
A maioria dos pastores entrevistados (54%) afirmaram que conheceram pelo menos um membro, em sua congregação, que foi diagnosticado com uma doença mental grave, como depressão, transtorno bipolar ou esquizofrenia.
Enquanto 34% disse que nenhum dos membros de sua igreja foi diagnosticado com uma doença mental grave e 12% não souberam responder.
De acordo com a pesquisa, pastores mais jovens e de meia-idade são mais propensos a encontrarem membros com problemas emocionais.
“No entanto, não está claro se a presença de pessoas com doenças mentais graves está aumentando entre os membros da igreja ou se eles simplesmente se sentiram mais à vontade para compartilhar seu diagnóstico com pastores mais jovens”, comentou McConnell.
Recebendo ajuda da igreja
Além disso, o estudo verificou que seis em cada 10 pastores abordam a saúde mental com sua congregação em sermões ou eventos pelo menos uma vez ao ano.
Em uma mudança de cultura, hoje os líderes cristãos estão mais propensos a falarem sobre o assunto do que há 8 anos.
“Embora o pastor típico não tenha sofrido doença mental, eles estão ensinando proativamente sobre essa necessidade e sentem a responsabilidade de ajudar”, destacou McConnell.
“Enquanto pregar sobre doenças mentais é a norma e ainda mais pastores sentem que sua igreja é responsável por ajudar os doentes mentais, ainda assim 37% dos pastores raramente ou nunca trazem isso no púlpito”.