Na tarde desta quarta-feira (11) será reinstalada a reunião da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara para eleger o seu novo presidente.
A sessão poderia ter se concluído na última quarta-feira (4), porém após o deputado Pastor Sóstenes Cavalcante (PSD-RJ) ter lançado sua candidatura avulsa para a presidência, houve divergências entre os parlamentares presentes. Após discussões, o atual presidente da Comissão, Assis do Couto anunciou um intervalo de 30 minutos, e tentou voltar com a reunião, mas não houve acordo.
A sessão acontecerá às 14h de hoje e já está gerando comentários e expectativas, não apenas na bancada evangélica, mas também por parte de representantes do movimento LGBTT, como o deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ).
O parlamentar postou em sua página oficialdo Facebook, na última terça-feira (10), acusações contra representantes da bancada evangélica, alegando que há planos conspiratórios para que mais um "conservador" ocupe a presidência da CDHM.
"As bancadas da Bíblia e da bala se uniram tomando quase todas as posições dentro da CDHM, e o acordo é que os evangélicos ajudem os deputados ligados às empresas de segurança privada e à banda mais reacionária das polícias a derrubar o estatuto do desarmamento e acabem com a maioridade penal", disparou.
Apoio
Ao lançar sua candidatura - mesmo que avulsa e fora dos acordos feitos antecipadamente entre os partidos - Sóstenes ganhou o apoio de representantes da bancada evangélica e de outros defensores dos Direitos da Família, como Marco Feliciano (PSC-SP) e Jair Bolsonaro (PP-RJ).
Conforme o acordo feito pelos partidos antes da sessão da última quarta-feira (4), a presidência seria concedida ao PT, que indicou como candidato, o deputado Paulo Pimenta (PT-RS).
Para evitar novos confrontos com os outros partidos, o PSD passou Sóstenes para a suplência na Comissão - impedindo assim que ele continuasse como candidato à presidência - e sugeriu que o parlamentar se tornasse relator do Estado da Família.