Terrorista responsável por atentado em Orlando era gay, segundo relatos de 'colegas'

Um homossexual que foi colega do atirador Omar Mateen na academia de polícia em 2006, disse que os dois saíam juntos para bares gays e que em um dado momento, o autor do atentado chegou a propor que ambos investissem em um relacionamento amoroso.

Fonte: Guiame, com informações do Daily MailAtualizado: terça-feira, 14 de junho de 2016 às 17:41
Segundo colega do atirador, Mateen chegou a propor que ambos investissem em um relacionamento amoroso. (Foto: abcnews)
Segundo colega do atirador, Mateen chegou a propor que ambos investissem em um relacionamento amoroso. (Foto: abcnews)

Omar Mateen, o atirador que matou 49 pessoas e feriu outras 53 em uma boate gay Orlando, na madrugada do último domingo, também era homossexual. A informação foi confirmada por várias pessoas que o conheciam ou chegaram a ter algum contato com o homem.

Um homossexual que foi colega de Mateen na academia de polícia em 2006, disse que os dois saíam juntos para bares gays e que em um dado momento, Mateen chegou a propor que ambos investissem em um relacionamento amoroso.

O ex-colega de Mateen disse ao jornal 'Palm Beach Post', que ele só aceitaria sair com o atirador se fossem em grupo e que eles foram para clubes gays juntos durante esse ano.

O homem, que não quis ser identificado, era um colega de Mateen de, em 2006, quando ambos participaram da academia de polícia Indian River Community College.

Ele também disse que se recusou avanços românticos de Mateen no momento.


Diversos relatos
Enquanto isso, várias outras pessoas estão afirmando que chegaram a falaar com Mateen em aplicativos de paquera para gays, incluindo os programas 'Grindr' e 'Jack'd'.

O ataque, que muitos têm apontado como um ato de extremismo islâmico, parece agora, possivelmente, ser associado à própria vergonha de Mateen sobre sua sexualidade e os investigadores estão agora procurando desvendar este conflito interno como uma possível motivação para o crime.

O pai do atirador, Seddique Mateen, envidenciou suas crenças sobre os homossexuais em um vídeo que ele postou no Facebook, na última segunda-feira (13), dizendo que "os homossexuais serão punidos por Deus".

O Estado Islâmico - grupo terrorista que é apontado como um possível mentor do ataque - executa homossexuais, diariamente das formas mais horrendas possíveis.

Segundo um dos frequentadores da boate, Mateen chegou a evidenciar indícios de sua homossexualidade, durante as diversas vezes que frequentou o clube.

"Ele era um homossexual e que ele estava tentando pegar os homens", disse Jim Van Horn, que classificou Mateen como 'regular' frequentador do clube e descreveu sua abordagem para conversar com as pessoas no clube.

"Ele ia até eles e colocava o braço em torno deles ou algo assim... e talvez tentava levá-los para dançar um pouco ou algo assim, comprar-lhes uma bebida".

Van Horn, também disse que conversou durante uma noite com Mateen no bar, mas no meio da conversa, seus amigos pediram-lhe para se juntar a eles e se afastar do homem.

"Eles disseram que não queriam que eu falasse com ele, porque ele parecia ser uma pessoa estranha", disse Van Horn.

"Eu o reconheci do 'Grindr [aplicativo de paquera para homossexuais]", disse Cord Cedeno, outro frequentador do clube, em entrevista à MSNBC, na segunda-feira, acrescentando que ele finalmente bloqueou Mateen no aplicativo, porque ele parecia "assustador".

Cedeno também reconheceu Mateen no clube, dizendo: "Ele esteve lá várias vezes. Isso é fato".

Agora, muitos na comunidade gay de Orlando estão compartilhando histórias semelhantes sobre terem visto Mateen em clubes gays, durante a última década ou terem falado com ele em aplicativos de paquera.


Religião e ódio?
No calor das notícias posteriores ao ataque no último domingo, o deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ) chegou a colocar o Estado Islâmico - grupo que assumiu a autoria dos atentados - em segundo plano e usou uma de suas postagens do Facebook para apontar que "outras religiões" também disseminam o ódio contra os homossexuais.

"Delírios homofóbicos reproduzidos por políticos e líderes religiosos mentirosos - como a ideia de que gays, lésbicas, bissexuais e transexuais queremos impor uma 'ideologia de gênero' ou praticamos 'cristofobia' - podem levar a barbárie como a perpetrada, em atacado, na Flórida, mas também à praticada no varejo aqui no Brasil", disse parte de um texto postado pelo parlamentar .

Wyllys ainda não se pronunciou a respeito desta nova informação descoberta nas investigações.

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