Chris cresceu em Launceston e, ainda na adolescência, quando tinha 17 anos, entrou para a polícia da Tasmânia. Depois do treinamento, ele recebeu uma arma e um distintivo e a ordem dos superiores: “Vá e faça.”
O jovem policial amava seu trabalho e se envolveu em todos os aspectos do policiamento durante 20 anos. Na época, Chris também conheceu Debbie, com quem se casou e tiveram o primeiro filho.
Hoje aposentado, Chris conta que, na década de 80, quando aconteciam incidentes graves, não havia aconselhamento ou interrogatório. O chefe apenas dizia: "Vá para casa e tome uma cerveja, vai ficar tudo bem".
Ele lembra que em 1992, um incidente o levou ao limite. “Prendi e acusei um homem por três crimes em uma noite. Alguns dias depois, o homem ligou e a ligação foi feita para minha casa. Minha esposa atendeu e o homem disse que estava vindo para atirar em mim.”
“Fiquei muito estressado. Dormi com minha arma debaixo do travesseiro. Meu trabalho estava na minha cabeça 24 horas por dia, 7 dias por semana e, eventualmente, tive um colapso. Perdi toda a minha confiança”, conta.
Depois disso, Chris ficou dois anos em licença médica.
“Eu tinha um bom médico cristão que me apoiava muito. Durante esse tempo, construí uma casa em nossa fazenda. À medida que a casa crescia, minha confiança começou a crescer. Mas depois de dois anos eu ainda não conseguia trabalhar como policial”, recorda-se.
“Eles me deram uma placa e agradeceram por ter vindo. Fiquei muito deprimido e com raiva. Minha esposa aguentou muito, mas ela foi maravilhosamente solidária. Ela era cristã e estava orando por mim”, diz.
Chris diz que para um policial as evidências são fundamentais. Então, ele precisava realmente “ver” o que Deus fazia.
Ele diz que em 1º de abril de 1994, saiu pela porta dos fundos e gritou com Deus:
“Deus, você é real? Sou policial e preciso de provas! Então, me dê uma prova! E me prove que a Bíblia é real! Além disso, as pessoas dizem que preciso de um relacionamento com Jesus, bem, me dê isso também!”.
Chris diz que dezesseis dias depois, em uma noite de sábado, estava pensando: “Bem, onde está você, Deus? Você não apareceu.”
“Só então ouvi uma voz audível atrás de mim dizendo: ‘João’’.
“Minha cabeça quase caiu dos meus ombros. Não havia mais ninguém lá. Eu perguntei: É você, Deus?”
Chris diz que logo se lembrou que “João” era um livro do Novo Testamento. Então disse a Deus: “Você quer que eu o leia? Onde você quer que eu leia?”
De forma surpreendente ele teve uma visão:
“Você não vai acreditar, mas na parede acima de mim apareceram três números: 2,1,1. Eu estava animado. Eu disse a Deus: ‘Esse é o capítulo 2, versículo 11?’ Logo, os números desapareceram da parede”.
Na semana anterior, Chris diz que sua esposa havia comprado uma Bíblia, que entregou a ele dizendo: “Isto é para você. Se você quiser ler, está aqui na mesa. Naquela época, eu disse: ‘De jeito nenhum!’”
Chris conta que algo aconteceu dentro dele naquele sábado à noite e ele sabia que devia ler João 2:11.
Ele pegou a Bíblia, onde o versículo diz: “Jesus realizou este primeiro milagre em Caná da Galileia; ali manifestou a sua glória, e os seus discípulos creram nele”.
Uma nova criação
Chris diz que aquelas palavras o tocaram. “Eu acreditei em Jesus, naquele momento! Senti o peso sair de meus ombros e me senti cheio de alegria. Eu não sentia alegria há anos. Eu havia sido transformado e era uma nova criação.”
Chris decidiu ir até sua esposa e contar a ela sua experiência. “Eu estava pulando, cheio de alegria. Ela estava calma. Ela disse que, anos antes, teve uma experiência semelhante de Deus falando com ela.”
“Eu disse: ‘Por que você não me contou?’ Ela respondeu: ‘Você não estava pronto’”.
Chris concorda que ela estava certa. Ela sempre estava certa, diz.
Chris testemunha que esse foi o início de sua jornada de 29 anos com Jesus.
“Eu tinha uma Good News Bible e consumia tudo. Foi maravilhoso. Foi um período de grande crescimento. Eu havia sido transformado e era uma nova criação. O peso da depressão, raiva e alcoolismo caiu de meus ombros.”
Chris tem uma família grande. Junto com sua esposa têm oito filhos, quatro biológicos e quatro adotivos da Etiópia. “Claro que houve altos e baixos nos últimos 29 anos, mas no geral tem sido fabuloso”, diz.