Quero desafiar você nesta Páscoa: Leia 1 Coríntios 15. Nesse capítulo o apóstolo Paulo apresenta com profundidade a doutrina da Ressurreição de Cristo. Sem dúvidas, cinquenta e oito versículos cheios de conteúdo não podem ser analisados em uma só pastoral — talvez precisássemos de pelo menos 10. Porém, de forma mais humilde, meu desejo é oferecer a você um mapa do tesouro e, assim, você desfrutará das riquezas da Palavra por si próprio.
[1] A morte e a ressurreição de Jesus Cristo são o centro do Evangelho, v.1-4. O Evangelho é a mensagem central da fé cristã, é o que pregamos, é o conteúdo que só a igreja pode proclamar ao mundo. Podemos afirmar que o Evangelho é a mensagem “pascal”, o cordeiro que morre pelos pecadores, mas triunfa sobre a morte ao terceiro dia.
[2] A ressurreição de Cristo não é uma fantasia, mas uma realidade concreta, v.5-11. Algumas pessoas não acreditam que mortos podem ressuscitar e, de fato, é algo totalmente contra a natureza. Contudo, a ressurreição de nosso Senhor Jesus Cristo é um milagre real. Paulo testifica que em seu próprio tempo, além dele mesmo e dos demais apóstolos, mais de 500 pessoas viram Jesus ressuscitado diante de seus olhos.
[3] A ressurreição de Cristo é a garantia da nossa esperança de ressurreição futura, v.12-13. A partir daqui Paulo começa a descrever quais são os resultados práticos da ressurreição de Jesus para a vida do seu povo. A primeira delas é justamente a de que, por causa da ressurreição de Cristo, temos a promessa de viver eternamente.
[4] A ressurreição de Cristo é a motivação da nossa pregação, v.14. A segunda implicação da ressurreição é missiológica. Porque Jesus venceu a morte nós temos o privilégio e a missão de anunciar a todo mundo que Ele vive. Jesus é o salvador do mundo que tem toda autoridade no céu e na terra sobre si. Em outras palavras, o mundo é dele. Ir em missão nada mais é que comprar de volta aqueles que são dele por direito.
[5] A ressurreição é a certeza de que nós somos livres do pecado, v.17. A terceira implicação prática da ressurreição é que o pecado pode ser vencido, pois o poder da ressurreição também está dentro de nós, seguidores de Jesus. Não devemos jamais render-nos ao conformismo que tenta paralisar a obra de santificação que o Espírito Santo opera em nós; Jesus vive dentro de nós!
[6] A ressurreição é a garantia que os nossos irmãos que morreram permanecem vivos diante de Deus, v.18. A quarta implicação desta doutrina é consoladora: todos os nossos irmãos que faleceram estão com seus corpos dormindo nesta terra, sim, mas suas almas estão alegres e vivas diante do Deus Triúno. Só há razões para ter esperança de um breve reencontro.
[7] A ressurreição é a motivação para vivermos intensamente, v.32. A quinta implicação da ressurreição é encorajadora. Por sabermos que Jesus venceu a morte, nós também lutamos com todas as nossas forças para destruirmos as obras do mal que nos assolam diariamente. Todo cristão, por isso, deveria viver uma existência vibrante nesta terra. Não há motivos para viver desanimado.
[8] A ressurreição é a nossa esperança de vitória contra a morte, v.54. E finalmente, a sexta implicação da ressurreição de Jesus é que toda a igreja, indivíduo por indivíduo, irá provar em sua própria carne a ressurreição dos mortos no último dia. Não ficaremos no céu apenas com as nossas almas, mas após o retorno de Cristo, seremos ressuscitados (corpo + alma) para vivermos com Jesus fisicamente no novo céu e nova terra.
A mensagem da páscoa é simples: aqueles que mereciam morrer foram substituídos pelo único que merecia viver. Mas a morte não conseguiu dete-lo, Jesus ressuscitou! E hoje, todos os que mereciam morrer, crendo nele, podem também ressuscitar. Feliz Páscoa a todos!