Nosso último endereço não é a sepultura

Não adoramos um Cristo que esteve vivo e está morto, mas o Cristo que esteve morto e está vivo pelos séculos dos séculos.

Fonte: Guiame, Hernandes Dias LopesAtualizado: quinta-feira, 29 de março de 2018 às 15:31
Cena do filme "A Paixão de Cristo", de Mel Gibson, remonta o interior do túmulo de Jesus Cristo. (Imagem: Youtube)
Cena do filme "A Paixão de Cristo", de Mel Gibson, remonta o interior do túmulo de Jesus Cristo. (Imagem: Youtube)

A morte, o rei dos terrores e o último inimigo a ser vencido, não tem mais a última palavra em nossa vida. A sepultura não é o nosso último endereço. Jesus arrancou o aguilhão da morte, matou a morte e em breve a lançará no lago de fogo. Jesus morreu segundo a Escritura e foi sepultado. Mas a morte não pode detê-lo. Ele também ressuscitou como diz a Escritura. Venceu a morte e agora é a ressurreição e a vida. Jesus ressuscitou como primícias dos que dormem. Sua ressurreição é a pedra angular do Cristianismo, a acrópole das doutrinas cristãos, o selo de garantia do nosso futuro. Com respeito ao passado sua ressurreição é um fato incontroverso. Com respeito ao presente, sua ressurreição é um artigo de fé. E com respeito ao futuro, sua ressurreição é nossa mais vívida esperança. No glorioso dia de sua segunda vinda, os mortos ouvirão sua voz e sairão dos túmulos, uns para a ressurreição da vida e outros para a ressurreição do juízo.

As melhores notícias que o mundo já ouviu vieram de um túmulo vazio. O túmulo vazio de Cristo é o berço da igreja. Não adoramos um Cristo que esteve vivo e está morto, mas o Cristo que esteve morto e está vivo pelos séculos dos séculos. Ele tem as chaves da morte e do inferno. Ele está assentado no trono. Reina soberano e voltará gloriosamente. Sua vitória sobre a morte é o nosso estandarte. Não caminhamos para o entardecer da história, mas para a manhã radiosa da ressurreição.

Porque Jesus ressuscitou, o futuro não é incerto para nós. Não precisamos viver como aqueles que não têm esperança. Porque ele venceu a morte, podemos erguer nosso brado de vitória: “Onde está ó morte, a tua vitória? Onde está, ó morte, o teu aguilhão? Tragada foi a morte pela vitória!”. Porque Jesus abriu o túmulo de dentro para fora, morrer para o cristão não é um desastre nem uma derrota, mas é deixar o corpo e habitar com o Senhor. É partir para estar com Cristo, o que é incomparavelmente melhor. Aqueles que morrem em Cristo são bem-aventurados. Preciosa é aos olhos do Senhor a morte dos seus santos. Porque Jesus está vivo, as lágrimas do luto podem ser estancadas e encontrar consolo. Não nos despedimos dos nossos ente queridos que partem no Senhor e para o Senhor com um doído adeus, mas com um esperançoso até logo.

Porque Jesus ressuscitou, nosso corpo surrado pelo cansaço, pela fadiga, pela velhice ou pela doença, ao descer à tumba, pela morte, não ficará ali para sempre. Não somos apenas matéria. Deus fez o homem do pó, mas soprou em suas narinas o fôlego da vida e ele passou a ser alma vivente. O pecado nos levou à morte, mas Cristo, por amor de nós, morreu por nós, ressuscitou para a nossa justificação e nos deu vida eterna. Ressuscitamos com ele e com ele estamos assentados nas regiões celestes acima de todo principado e potestade. Fomos salvos pela graça, mediante fé, para as boas obras. Portanto, a morte perdeu seu poder sobre nós, que estamos em Cristo.

Nossa alma imediatamente após a morte é aperfeiçoada e entra na glória, passando a desfrutar das venturas eternas, aguardando o dia em que, ao soar da trombeta de Deus, os mortos em Cristo ressuscitarão com um corpo imortal, incorruptível, glorioso, poderoso, espiritual, celestial, semelhante ao corpo de sua glória e os que estiverem vivos serão transformados e arrebatados para encontrar o Senhor nos ares. Nesse corpo de glória, não teremos conflito com o espelho nem com a balança. Esse corpo não terá defeitos nem quaisquer limitações. Pelo desdobrar da eternidade, serviremos a Cristo e reinaremos com ele nos novos céus e nova terra. As lágrimas não rolarão mais em nosso rosto nem a dor pulsará mais em nosso peito. A morte não mais nos atormentará nem o luto jamais marcará nossa vida. A eternidade de gozo terá começado para nunca mais acabar. Oh, bendita esperança! Oh, gloriosa certeza! Oh, Salvador digno de honra e glória!

 

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