Há um ano o Talibã tomava o controle da capital do Afeganistão, tão logo os EUA cumpriram a promessa da retirada das tropas, anunciada muitas vezes, mas efetivada em 15 de agosto de 2021.
A saída militar americana foi caótica, com aviões sendo cercados por afegãos na intenção de deixar o país, mergulhado há anos em regimes de governo provisórios.
Segundo a Mission Network News, no mês passado, funcionários seniores do governo do presidente dos EUA, Joe Biden, expressaram preocupação com o primeiro aniversário da saída em agosto.
A retirada das tropas americanas do Afeganistão é considerada como “um dos maiores fracassos de Biden”, e sua comemoração pode abalar a confiança dos eleitores nas eleições de meio de mandato nos EUA.
A conta política do caos da retirada foi de fato para a Administração Biden, ao deixar a população vulnerável nas mãos do Talibã.
“Muitas pessoas se esqueceram do Afeganistão e da dizimação que aconteceu desde a retirada americana”, diz Reza*, um crente que trabalha com os Ministérios Catalíticos Globais.
“Não há muitas [ONGs ou] pessoas que se importam com a esquerda (no Afeganistão).”
A situação fez com que a maioria dos afegãos passasse a depender da ajuda de organizações humanitárias estrangeiras para sobreviver. A autoridade do Talibã levou ao isolamento diplomático e a economia do país despencou. Não está mais em "queda livre", dizem os economistas, mas os afegãos ainda não podem acessar os itens essenciais diários.
Esperança para o Afeganistão
Os Ministérios Catalíticos Globais trabalham por meio de uma rede de igrejas clandestinas para oferecer ajuda humanitária e ajuda às pessoas a escapar.
De acordo com Reza, eles conseguirem retirar bastante gente do país em uma operação muito difícil.
“Trouxemos milhares de pessoas”, diz Reza. “Tornou-se [cada vez mais] difícil e mais caro, mas louvado seja o Senhor, Ele nos deu novos caminhos para trazer as pessoas para fora.”
Segundo a MNN, o futuro do Afeganistão é sombrio, mas ainda assim, a esperança permanece.
Os líderes da igreja clandestina permanecem no país para compartilhar Cristo e fazer discípulos.
“O povo do Afeganistão está tão cansado; o Islã os dizimou e o Talibã os controlou de maneiras tão perversas. Eles estão procurando qualquer sinal de esperança”, diz Reza. “Sua única esperança é Jesus.”
Esforço conjunto
No intuito de continuar a missão de ajuda humanitária e até a retirada de afegãos do país, o GCM busca apoio. O ministério relata em sua página do Facebook sobre o Trabalho de Ajuda ao Afeganistão:
“Partimos com uma meta inicial de US$ 500 mil para ajuda humanitária no Afeganistão. Acabamos levantando US$ 4,5 milhões. Devido a essa onda de apoio, expandimos nossa visão de ajuda no Afeganistão para incluir um plano de ‘Restaurar e Reconstruir’ de 3 anos. Como trabalhamos no Afeganistão há vários anos e plantamos cerca de 100 igrejas lá, conseguimos mobilizar nossa rede existente de líderes confiáveis para fornecer recursos aos crentes no Afeganistão”.
“Deus está se movendo tão poderosamente; queremos começar igrejas clandestinas que façam discípulos nos lugares mais sombrios da terra. Com seu apoio em oração e com sua generosidade, isso realmente pode acontecer”, diz Reza.
“O Afeganistão ainda é a segunda igreja que mais cresce no mundo, mesmo com o Talibã no poder. Imagine se, um dia, ouvirmos que 10% da população afegã se voltou para Jesus”.
*Nome fictício por motivo de segurança.